São Paulo, sexta-feira, 1 de novembro de 1996
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Motta faz elogios ao Congresso e volta a defender a reeleição

MARTA SALOMON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Sérgio Motta (Comunicações) voltou a falar em nome do governo -dessa vez para rasgar elogios ao Congresso, defender a reeleição e dizer que Fernando Henrique Cardoso respeitará a decisão parlamentar.
Motta fez questão de atribuir aos parlamentares "boa parte" do que classificou de "sucesso" do governo FHC. Disse estar certo de que o governo vai contar com o apoio do Congresso para terminar as reformas na Constituição, que incluem o direito à reeleição.
"Este governo fez muito porque o Congresso permitiu", disse Motta em solenidade no Senado.
O anfitrião e presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), foi elogiado por Motta por ter colaborado com o "sucesso" do governo.
"Eu conheço a presteza do presidente Sarney", discursou, contabilizando que o Congresso vem registrando o maior volume de votações dos últimos 50 anos.
"O seu gesto muito nos comove", reagiu Sarney, agradecendo a homenagem do ministro e a consignação de um canal de rádio para transmissão das atividades dos senadores em Brasília.
Sarney ainda resiste publicamente à aprovação da reeleição.
Em novo estilo desde o desgaste político que sofreu durante a campanha para prefeito de São Paulo e a recuperação de uma pneumonia, Motta voltou a dizer que pretende se manter afastado da conquista de votos para a reeleição.
"O presidente não tem apego ao poder e respeitará a decisão soberana do Congresso. Os ministros não participarão nem intervirão nesse processo", afirmou.
O compromisso de Motta não resistiu a poucos segundos. Ele emendou logo na defesa da reeleição: "Eu sempre defendi a reeleição, que ficou mal resolvida na Constituição. É um fator de estabilidade ter um período mais longo".

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