São Paulo, sexta-feira, 1 de novembro de 1996 |
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Cargueiro caiu sobre favela em Guarulhos
DENISE ELIAS
Faltavam pouco menos de 3.000 metros para o pouso no Aeroporto Internacional de Guarulhos (em Cumbica). O avião realizava, em condições visuais, o procedimento de aproximação final para pouso. Na queda, um prédio de três andares e dois sobrados foram atingidos. O avião explodiu e incendiou parte da favela, localizada a poucos metros do local. Nos tanques do avião havia cerca de 15 mil litros de combustível. O acidente matou os três tripulantes e mais 22 pessoas, além de ter deixado mais de cem feridos. Inspeção O cargueiro vinha de Manaus (AM), com 26 toneladas de equipamentos eletrônicos. Nenhuma falha havia sido comunicada à torre de comando do aeroporto. Segundo o brigadeiro Moreira Lima, então ministro da Aeronáutica, o Boeing-707 acidentado havia sido inspecionado pelo DAC (Departamento de Aviação Civil) dois meses antes e considerado perfeito. As condições do aeroporto de Guarulhos também eram satisfatórias. Os equipamentos foram checados logo após o acidente por um avião de inspeção da FAB. A análise da caixa-preta do avião foi realizada em Washington (EUA). Os últimos 30 minutos mais importantes de informações da caixa-preta estavam com chiados. Foi possível identificar uma queda repentina de velocidade e perda de sustentação. Isso significaria que as causas do acidente teriam sido por falha humana, segundo informou a Assessoria de Comunicação Social do DAC. A Transbrasil indenizou as famílias dos mortos sete meses após o acidente e se comprometeu a construir 12 casas para os desabrigados, num terreno da Prefeitura de Guarulhos. Texto Anterior: Queda em casa matou 34 Índice |
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