São Paulo, sexta-feira, 1 de novembro de 1996 |
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Acidente aéreo abala mercado financeiro
JOSÉ CARLOS VIDEIRA
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) reagiu com volume na casa de R$ 70 milhões no fechamento dos negócios da manhã. O volume refletia exatamente o desânimo que tomou conta do mercado com a notícia da queda do avião da TAM, no qual viajavam vários executivos do mercado financeiro. Nas primeiras horas do pregão, todo mundo só queria conhecer a lista de passageiros do avião. Mesmo de olhos fixos no noticiário das TVs, o mercado financeiro acompanhou o leilão de "spread" (compra e venda) do Banco Central (BC) na abertura das operações de câmbio. O BC corrigiu a minibanda em 0,05%, dividindo o mercado, que esperava que a autoridade monetária apenas ratificasse a faixa de variação cambial, sem alterá-la, o que daria correção de 0,50%. Com a mudança, a correção da minibanda acumulada em outubro foi de 0,55%. O piso da cotação do dólar comercial passou a R$ 1,0265 e o teto, a R$ 1,0315. Pela cotação média do BC, a correção cambial no mês passado foi de 0,597%. Bolsas Passado o desânimo da parte da manhã, à tarde as Bolsas reagiram às medidas do BC para o incentivo de ingresso de capitais estrangeiros para o país. O mercado financeiro interpretou que o diretor de Assuntos Internacionais do BC, Gustavo Franco, teria dado o braço a torcer na questão cambial. O reconhecimento de que o governo vai precisar de capital externo para compensar déficits comerciais não pegou bem. Os juros e o câmbio reagiram com altas no mercado futuro da BM&F (Bolsa de Mercadorias & de Futuros). Essa pressão dos futuros também incomodou o mercado de ações, que chegou a cair até 1% durante o dia. Mas, no final, com a melhora do mercado externo (índice Dow Jones em alta e juros de 30 anos nos EUA em baixa), o Ibovespa reagiu, reduzindo a queda para apenas 0,15% com volume de R$ 257,19 milhões. Texto Anterior: Crescimento será de 3,1%, prevê o Ipea Próximo Texto: Banda privada tem novo cronograma Índice |
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