São Paulo, sexta-feira, 1 de novembro de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
"Jogo da Paixão" aposta na sucessão de clichês
EVA JOORY
A história de um jogador de golfe falido, Roy McAvoy (Costner), que vive num trailer e se sustenta dando aulas particulares na pequena cidade de Salome, no Texas, é mais uma comédia romântica na qual mocinho se apaixona pela mocinha e vira herói no final. E, mais uma vez, Costner interpreta um jogador (foi um jogador de beisebol em "Sorte no Amor"). A história gira em torno de McAvoy, que, um belo dia, recebe a inesperada visita de Molly Griswold (Rene Russo), psicóloga interessada em aprender a jogar golfe. Sem mais nem menos, percebe que está apaixonado por ela, mas logo descobre que Molly é namorada de seu velho rival David Simms (Don Johnson), para quem serve de caddie (carregador de tacos para o jogador). Para conquistar a médica, McAvoy resolve enfrentar Simms no maior torneio de golfe do país, o US Open. Os problemas são vários. O primeiro está na falta de um roteiro original. O tipo de história de "O Jogo da Paixão" já é conhecido. Não há muito mais o que explorar. Outro problema está nas péssimas atuações do trio Costner, Russo e Johnson. Costner ainda tenta ser o mesmo mocinho dos filmes que o consagraram no passado, enquanto Russo não tem talento para a comédia -e Johnson demonstra ser um canastrão. Finalmente, o filme peca pela duração. Com mais de duas horas, "O Jogo da Paixão" explora em demasia as tecnicalidades do jogo de golfe. Com um final arrastado e previsível, afunda no tédio. Salvam o filme as ótimas atuações de Cheech Martin (como Romeo Posar, amigo e treinador de McAvoy, e Linda Hart (como Doreen, a ex-namorada de McAvoy), responsáveis pelos poucos momentos de humor do filme. Filme: O Jogo da Paixão Produção: EUA, 1996 Direção: Ron Shelton Com: Kevin Costner e Rene Russo Estréia: Ibirapuera 1, West Plaza 3 e circuito Texto Anterior: "Pixote" de Babenco parece mais real Próximo Texto: Outro texto de Brecht estréia hoje em SP Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |