São Paulo, sábado, 2 de novembro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Paulo Renato diz que críticas dos reitores são injustificáveis

ADELSON BARBOSA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM JOÃO PESSOA

O ministro da Educação, Paulo Renato Souza, disse ontem, em João Pessoa (PB), que as críticas feitas pelo Crub (Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras) ao Exame Nacional de Cursos, o "provão", são "totalmente injustificáveis".
"Há uma incompreensão sobre a natureza do exame. Eu já fui reitor da Unicamp e, obviamente, sei que uma prova não avalia uma faculdade. Mas há um conjunto de indicadores que avaliam, junto com um exame que diz o nível de aprendizado do aluno", afirmou o ministro.
Segundo ele, o "provão" é determinado em lei "que precisa ser cumprida". Paulo Renato afirmou que "está prevista a realização do exame como parte do processo de avaliação".
Para o ministro, "os reitores não têm de acatar ou não o 'provão'. No regime democrático, temos de cumprir a lei".
"Eu lamento que haja dirigentes de instituições de ensino superior que propõem desacato à lei e têm medo de ser avaliados. Acho que o temor da avaliação não condiz com as instituições de qualidade", disse ele.
Em relação à proposta da UNE (União Nacional dos Estudantes) de orientar os alunos a entregar o provão em branco, o ministro disse que haverá prejuízos para os cursos. "Os alunos receberão os diplomas, mas estarão prejudicando os cursos, que terão média rebaixada".
O ministro afirmou ter recebido manifestações favoráveis ao "provão" de vários DCEs (Diretórios Centrais de Estudantes) de universidades do Rio e SP.

Texto Anterior: Saiba o que é o provão
Próximo Texto: Cemitérios recebem 2,5 milhões hoje
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.