São Paulo, domingo, 3 de novembro de 1996 |
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Reeleição pode atrasar reforma
ANTONIO CARLOS SEIDL
Paulo Leme diz que o processo da reeleição, como toda decisão política, vai retardar não só as reformas constitucionais, mas a velocidade do ajuste fiscal. "O pacote do funcionalismo foi uma ótima iniciativa, que mostra que que existem várias maneiras de ataque ao déficit fiscal sem ir ao Congresso, mas mesmo isso será difícil porque os acordos políticos para a reeleição podem afetar o ritmo e a intensidade do ajuste." Dan Dorrow, da Merril Lynch, diz que a tramitação da emenda vai diminuir o ritmo das reformas no Congresso: "A reeleição atrapalha, mas não deve parar de todo a discussão das reformas essenciais da administração pública, sistema tributário e Previdência Social". Stephen Rose, presidente da corretora londrina Stephen Rose & Partners, maior canalizadora de investimentos institucionais para o mercado de ações brasileiro, que foi incorporada este mês pelo grupo Unibanco, defende a possibilidade de reeleição de FHC. Para Rose, problemas causados pela tramitação da emenda, como agravamento do déficit fiscal e adiamento de reformas, preocupam menos do que a impossibilidade de uma nova candidatura de FHC. "Se a emenda for aprovada, aposto na reeleição de FHC. Com isso o país terá tempo para fazer as reformas em busca de um crescimento sustentado com uma inflação anual média de 5%." (ACS) Texto Anterior: Mercado externo já espera retração econômica em 97 Próximo Texto: FHC já faz convites para o ministério Índice |
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