São Paulo, domingo, 3 de novembro de 1996 |
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Pobres respondem pela recuperação de vendas
LUIZ ANTONIO CINTRA
Esse consumidor está voltando a consumir, à medida que consegue acertar suas dívidas. Em outubro, por exemplo, as vendas da maior empresa do setor de atacado da região de Ribeirão, a Coselli, cresceram 20%. O principal mercado da Coselli, que possui 33 anos de experiência e 60 mil clientes cadastrados, são os pequenos e médios supermercados do interior do Estado, que respondem por 60% do faturamento anual de R$ 240 milhões. "O meu cliente vende para o bóia-fria, para o pedreiro. E se está vendendo, é sinal que a agricultura está com dinheiro", avalia a diretora administrativa e financeira da empresa, Silvana Coselli. O que confirma a tese é justamente o perfil das vendas da Coselli: o pedido médio não ultrapassa R$ 500, com um valor unitário entre R$ 5,00 e R$ 8,00. Inadimplência A inadimplência também segue os ventos da agricultura e aos poucos vai caindo em Ribeirão Preto. Segundo a Associação Comercial e Industrial da cidade, o número de pessoas que entram mensalmente para a lista do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) caiu. "A explicação para isso é que as pessoas de menor renda estão começando a acertar suas contas", diz o economista da associação, Antonio Vicente Golfetto. O valor dos títulos protestados também caiu. Em 96, deve ficar em R$ 78 milhões, contra os estratosféricos R$ 100 milhões registrados em 95. Texto Anterior: Setor de máquinas está fraco Próximo Texto: Produto de higiene é mais vendido Índice |
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