São Paulo, domingo, 3 de novembro de 1996 |
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'Pagamos o nosso preço' Folha - Nos últimos três anos, você e Anjinho viveram em conflito com a CBV. Agora, a dupla decidiu voltar a jogar no Brasil. O que mudou? Loyola - A mudança foi que nós escrevemos uma carta assumindo as responsabilidades pelo que aconteceu. A CBV nada teve a ver com isso. Foi uma opção nossa ficar lá e pagamos o preço. Agora, tivemos a oportunidade de nos retratar, e o Brasil, acho, precisa da gente. Folha - A CBV afirma que você e Anjinho reconheceram que em nenhum momento a instituição esteve contra a participação da dupla nos Jogos Olímpicos de Atlanta. Mas, antes dos Jogos, a CBV pressionou e não houve acordo para vocês representarem o país na Olimpíada. Por que a mudança de atitude agora? Loyola - Tudo o que quero dizer é que agora é pensar para a frente. Folha - Na sua opinião, se a dupla tivesse ido para Atlanta, o Brasil poderia ter tido um melhor resultado no torneio masculino de vôlei de praia? Loyola - O masculino foi para Atlanta e não teve sucesso. Nós somos uma dupla com um pouquinho mais de experiência. Folha - O que representa essa volta? Loyola - Em primeiro lugar, continuo morando nos EUA, onde tenho mulher e uma filha de seis meses. Meu carrinho Ford também continua lá. Voltei para jogar um torneio como profissional. Folha - Você pretende voltar para os EUA? Loyola - Vou continuar jogando lá porque ainda me considero um aluno. Folha - Nos poucos dias de Brasil houve muita mudança no hábito alimentar? Loyola - Nenhuma. Continuo comendo picanha, arroz, feijão. Folha - O que te impressionou mais nessa volta? Loyola - Acho que o Brasil não mudou nada. A gente só se sente um pouco diferente nos primeiros dias. Mas, depois de uma semana, é a mesma coisa. Lá, a vida é mais tranquila. Folha - A violência no Rio preocupa? Loyola - Ela preocupa, mas fazer o quê? Tem que conviver com ela. Folha - Qual o estilo de música que você mais escutava nos EUA? Loyola - Não gosto muito de música. Folha - Qual a melhor dupla de vôlei de praia da atualidade? Loyola - Pelo ranking, é o Kiraly e Steffes. Mas estamos no páreo também. Texto Anterior: 'Agimos com imaturidade' Índice |
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