São Paulo, terça-feira, 5 de novembro de 1996
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NELSON DE SÁ
DA REPORTAGEM LOCAL

- Branco safado!
Foi o que disse Erundina em palanque, durante discurso reproduzido ontem na rádio Bandeirantes e, mais à noite, no horário eleitoral de Celso Pitta, o ofendido.
Luiza Erundina deveria ter continuado rósea, quebrando gravetos no parque.
*
Começou sexta no horário eleitoral, com um comercial mantido ontem durante a programação, em que Pitta é um ator, e mau ator.
Faz de conta que está em comícios, que dá entrevistas para microfones. Interpreta um candidato, mais do que é, propriamente.
Não é, afinal, o talentoso ator que parecia. O canastrão se entrega. Fossem outros tempos, de mais concorrência, e a propaganda malufista não escorregaria assim.
Outra evidência, do horário eleitoral. O candidato surgiu em "assembléia" rodeado de professores em carteiras. O formato havia sido usado dias antes por Erundina -entre alunos em carteiras.
Outra evidência. Em outro comercial, a câmera vai se distanciando de um grupo de pessoas enquanto enumera as supostas características da adversária. Ecoa ou adapta antigo comercial.
Não vai bem a tão laureada publicidade malufista.
*
Na propaganda malufista sobre educação, falaram em computadores, LeveLeite, cursos profissionalizantes, rondas policiais -e até em "melhoria salarial".
No programa da tarde, Pitta acrescentou:
- Sem esquecer o ensino fundamental, cuja responsabilidade é e sempre será do poder público...
Pelo jeito, o PAE, o PAS da educação, de privatização da educação, não foi bem nas qualitativas. Só devem falar dele lá por dezembro.

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