São Paulo, terça-feira, 5 de novembro de 1996
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Três são feridos por bala perdida no Rio

DA SUCURSAL DO RIO

As balas perdidas continuam fazendo vítimas no Rio. Mais três casos foram registrados entre a noite de domingo e a madrugada de ontem na cidade.
Com isso, já chega a 56 o número de vítimas de balas perdidas no Rio neste ano. Só nos primeiros quatro dias de novembro, foram registrados cinco casos.
Jucirema Rosa da Silva, 39, foi atingida na boca, anteontem à noite, durante um tiroteio entre supostos traficantes no morro da Mineira, no Catumbi (zona norte).
Ela foi atendida no hospital Souza Aguiar e recebeu alta ontem.
Também no domingo, Davi Menezes, 46, foi ferido na perna esquerda dentro da casa de espetáculos Imperator, no Méier (zona norte), durante um show do grupo de pagode Negritude Jr.
Segundo a polícia, não há suspeitos da autoria do disparo. A Folha procurou ontem o dono do Imperator, Marcellus Oliveira, mas ele não foi encontrado.
O terceiro caso aconteceu de madrugada. Alessandro Carvalho, 25, recebeu um tiro no pescoço quando caminhava pela rua Mar Grande, em Cordovil (zona norte).
Alessandro foi operado ontem à tarde no hospital Getúlio Vargas para a extração da bala.
A polícia acredita que o disparo tenha partido de um tiroteio entre supostos traficantes da favela Cidade Alta, que fica próximo ao local onde o rapaz foi atingido.
Daniel de Menezes, 10, continua na Unidade Intensiva Pediátrica do hospital Miguel Couto, mas não corre risco de vida.
O menino foi atingido na cabeça por uma bala na noite de sábado, quando estava com os pais e os dois irmãos num ponto de ônibus na avenida Automóvel Clube, em Coelho Neto (zona norte).
A bala entrou perto do ouvido direito e saiu próximo ao esquerdo, mas não atingiu o cérebro. Daniel deve ficar internado por mais alguns dias.
Sequestro
Meninique Gonçalves Rêgo Jr., 32, conseguiu fugir ontem à tarde dos sequestradores que o haviam levado do posto de gasolina Miradouro, em Pedra de Guaratiba (zona oeste), pertencente a seu pai.

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