São Paulo, terça-feira, 5 de novembro de 1996 |
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Montadoras fazem proposta de aumento aos metalúrgicos Reajuste oferecido não deve evitar greve amanhã DA REPORTAGEM LOCAL As montadoras fizeram ontem a primeira proposta de aumento salarial aos metalúrgicos, depois de passarem quatro semanas de negociação sem oferecer reajuste.Pela proposta, os metalúrgicos receberiam um abono de 9,6% referente aos meses de novembro e dezembro e ao 13º salário, o que corresponde a um total de 63 horas trabalhadas. O abono seria incorporado aos salários de até R$ 2.500, em duas parcelas de 4,69%, em janeiro e julho do ano que vem. O Sinfavea (sindicato da montadoras) também mantém a proposta de rediscutir cláusulas do acordo coletivo, entre elas horas extras e adicional noturno. A proposta, no entanto, não deve evitar o início da greve marcada para amanhã. Tanto os metalúrgicos ligados à Força Sindical quanto os ligados à CUT (Central Única dos Trabalhadores) acham que os 9,6% ainda estão distantes das reivindicações da categoria. Os metalúrgicos querem reposição de 14%, aumento real e redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais. Além disso, eles não aceitam discutir a redução das cláusulas do contrato coletivo. Mas a proposta acendeu a possibilidade de que as negociações, paralisadas há cerca de duas semanas, avancem até amanhã. Montadoras e metalúrgicos voltam a se reunir hoje. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Luiz Marinho, disse ter esperança em um acordo sem a necessidade de greve. "Essa ainda não é a proposta para acordo, não vai evitar a greve, mas já é um sinal", disse Marinho. Texto Anterior: Mercedes pode demitir mais 2.000 em 97 Próximo Texto: VW tem 7.000 carros no pátio Índice |
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