São Paulo, terça-feira, 5 de novembro de 1996
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Planet Music expõe estratégia de vendas

DA REPORTAGEM LOCAL

Fazer o franqueado pensar na venda e no atendimento diferenciado ao cliente. Essa é a filosofia de Carlos Roberto Branco, presidente da Planet Music Franchising, franqueadora de lojas de discos.
Branco realizou a palestra "Música e Marketing em Franchising", na última quarta-feira, no auditório da Folha.
O evento foi parte do ciclo "Arena do Marketing", que a Folha realiza quinzenalmente.
"Queremos que o franqueado não pense na compra, mas em venda, ponto, divulgação, treinamento e, principalmente, no cliente", disse Branco.
Segundo ele, ao pensar somente na compra do produto, o franqueado acaba esquecendo de investir em vendas e serviços, o que pode provocar queda no faturamento da loja.
"É preciso pensar no serviço a oferecer ao cliente, e não criar problemas para eles. A música é um prazer, um hobby, e o cliente quer alegria quando entra em nossas lojas."
Multinacionais
Branco aposta de tal forma no fator diferencial da Planet Music que não teme a chegada de multinacionais ao Brasil, como a Tower e a Virgin Records.
"Se essas empresas vierem, só vão oferecer preços, como as lojas de departamento. Não é isso o que o brasileiro quer."
Na verdade, diz Branco, seria até positiva a chegada dessas empresas.
"Elas brigariam conosco contra as gravadoras daqui, que não oferecem qualidades como lá fora. E o maior beneficiado seria o cliente."
Branco começou sua carreira fazendo som em festas com o irmão. Depois, produziu trilhas sonoras para desfiles. Em 85, abriu uma confecção, que sobreviveu até a crise pós-Cruzado. Foi para Miami ser agente de importação de roupas americanas.
"Um dia um amigo pediu uma encomenda de CDs. Foi o primeiro passo para entrar no ramo."
Ele voltou ao Brasil em agosto de 91, e fundou a Planet Music, especializada em produtos importados para o atacado.
No ano seguinte, entrou para o ramo de franquias, além de passar a atuar no varejo, com a troca de CDs usados.
Em dezembro de 93, abriu a loja da av. Rebouças, em São Paulo, que se tornaria "a única megastore da América do Sul".

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