São Paulo, terça-feira, 5 de novembro de 1996 |
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Governo deve lançar linha de crédito com juro fixo
BRUNO BLECHER
"Esperamos, com isso, recuperar as vendas de tratores e colheitadeiras no Brasil", disse Quadrino, durante o lançamento das ações da New Holland na Bolsa de Nova York. A taxa de juros da nova linha deverá ficar entre 16% e 18%, segundo apurou a Folha. Atualmente, o agricultor tem apenas duas opções para financiar a compra de tratores e colheitadeiras: a linha Finame e o financiamento em dólar. A Finame (linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) tem juros de 6,5% ao ano e correção pela TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), que no último trimestre (setembro a novembro) correspondeu a 14,97%. Os financiamentos em dólar, oferecidos pelos fabricantes de máquinas agrícolas, tem juros de 12% ao ano, mas o risco de uma maxidesvalorização. "O agricultor quer saber quanto pagará de juros", disse Quadrino. Neste ano, as vendas de máquinas agrícolas (tratores e colheitadeiras) devem atingir apenas 10,5 mil unidades, número bem inferior às 19 mil máquinas comercializadas em 95. Em 1994, foram vendidas 42,5 mil unidades. "A agricultura brasileira tem potencial para consumir pelo menos 40 mil máquinas por ano, entre tratores e colheitadeiras", calcula o presidente da New Holland. Wall Street A New Holland lançou, na última sexta-feira, ações na Bolsa de Nova York. A empresa espera captar cerca de US$ 1 bilhão com a operação. À exceção do Brasil, a empresa vem alcançando bons resultados nos 150 países em que opera, como reflexo da alta dos preços agrícolas. No ano passado, as vendas da empresa somaram US$ 5 bilhões. O jornalista Bruno Blecher viajou a Nova York a convite da New Holland Texto Anterior: Mesbla fecha dez lojas Índice |
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