São Paulo, terça-feira, 5 de novembro de 1996
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Palmeiras inicia plano de US$ 60 mi

ALEXANDRE GIMENEZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Além do título do Campeonato Brasileiro, o grande objetivo do Palmeiras neste final de ano é captar US$ 60 milhões com investidores nacionais e estrangeiros.
O projeto do clube é investir esse dinheiro na modernização do estádio do Parque Antarctica.
O empreendimento, que foi aprovado no último dia 25 pela prefeitura, prevê a cobertura do gramado, ampliação da capacidade do estádio para 43 mil lugares e a construção de um estacionamento e um novo salão de festas.
O prazo da construção é de três anos, a partir do início das obras. Segundo membros da diretoria do clube, os trabalhos devem ser iniciados no primeiro trimestre do próximo ano.
Objetivos
A diretoria do Palmeiras pretende que o Parque Antarctica tenha o perfil dos grandes estádios da Europa e dos Estados Unidos que, além de eventos esportivos, abrigam vários tipos de espetáculos.
"O objetivo é transformar o estádio do Palmeiras numa grande arena de eventos", disse Seraphim Del Grande, vice-presidente de futebol do clube.
Os grandes exemplos de uma utilização "alternativa" dos estádios na Europa ocorrem na Inglaterra -estádio de Wembley, em Londres- e na Holanda -estádio do Ajax, em Amsterdã.
"A taxa de ocupação do estádio será maior que a atual. Não podemos ter um estádio com espaço exclusivo para o futebol", disse Del Grande.
O dirigente afirmou que o futebol terá preferência na escolha de datas para a utilização do novo complexo esportivo/cultural.
Com a realização de eventos extrafutebol, o Palmeiras pretende obter uma fonte de renda alternativa. O clube tem hoje como principal fonte de recurso as mensalidades dos sócios.
Todos os lugares do novo estádio serão numerados, com assentos individuais.
No estádio, será construído um novo salão de festas que, segundo Del Grande, poderá ser usado para para exposições e convenções de médio porte.
Contatos
O vice-presidente de patrimônio do Palmeiras, José Cyrillo Júnior, um dos responsáveis pelo projeto, disse que já existem investidores interessados nos planos do clube.
"Estamos negociando. Está tudo bem encaminhado", disse, não querendo adiantar nomes dos possíveis investidores.
Cyrillo afirmou que o objetivo é contratar uma empresa para administrar o estádio. "Queremos uma parceria com os empresário."
Com a "parceria", as receitas obtidas pelo novo Parque Antarctica seriam divididas entre os investidores e o Palmeiras.
A maquete do estádio será apresentada na próxima semana, numa entrevista coletiva com membros da diretoria do clube e arquitetos responsáveis pelo projeto.
Sócios
Durante as obras, os sócios do Palmeiras vão perder duas quadras poliesportivas que ficam perto da entrada da av. Francisco Matarazzo. É nesse local que será construído um estacionamento.
"No final das obras, os sócios vão ter mais duas quadras, além das que existem atualmente" disse Cyrillo.

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