São Paulo, quarta-feira, 6 de novembro de 1996
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Rapaz acusado de sequestrar bebê é detido em ônibus

DA SUCURSAL DO RIO

Com a prisão do menor D.N.S., 17, quando carregava um bebê dentro de um ônibus, no centro do Rio, a DPCA (Divisão de Proteção à Criança e ao Adolescente) passou a investigar a existência de quadrilha de traficantes de bebês no Rio.
D.N.S. foi preso por dois policiais militares na tarde de anteontem. Ele carregava a menina Tássila, de 8 meses, filha do vigia Letício Monteiro Peixoto Neto, 37, e de Mônica Dantas da Silva, 23.
Levado para a DPCA, D.N.S. teria dito que venderia Tássila por R$ 500 para uma mulher em Copacabana (zona sul). Um policial -que pediu para não ser identificado- disse que D.N.S. teria confessado a venda de pelo menos outros 20 bebês.
Vigia de uma igreja católica, o pai de Tássila disse que achou D.N.S. na rua, com fome, na última quinta. Com pena, o levou para casa, em Cordovil (zona norte).
Peixoto Neto disse ter achado D.N.S. "meio pancado", pois o garoto primeiro disse que era do Rio. Depois, que era de Belo Horizonte, mas que não tinha como voltar para casa pois fora roubado.
O vigia pôs o garoto para dormir em um banheiro em construção nos fundos de sua casa. Na tarde de anteontem, quando os pais de Tássila dormiam após o almoço, D.N.S. teria levado a menina.
Dentro de um ônibus em direção a Copacabana (zona sul), uma senhora teria estranhado o garoto malvestido segurando um bebê. Ao descer do ônibus, pediu a dois policiais que seguissem o garoto.
Policiais disseram que, ao ser detido, D.N.S. primeiro teria informado que estava levando a filha de sua tia ao hospital. Depois, teria confessado que venderia Tássila para Ana Maria Pereira de Souza, que seria moradora de um prédio na rua Dias da Rocha.
Dois PMs foram até o número que teria sido indicado por D.N.S., mas o prédio não existia.

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