São Paulo, quarta-feira, 6 de novembro de 1996
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Paris reúne 98 mostras em um mês

BETINA BERNARDES
DE PARIS

A nona edição do Mês da Fotografia em Paris privilegia três formas de apreender as imagens: a vida dupla e a dupla visão, o estrangeiro visto por quem cruzou fronteiras e a criação estrangeira trazida por centros culturais da cidade.
Na prática, o Mês da Fotografia se tornou uma bienal internacional, com números grandiosos.
São 98 exposições, espalhadas por galerias e centros culturais, lançamentos de livros, leilão de fotos, filmes, conferências e debates, fora o "Mês Off", que também conta com vasta programação.
Em 16 anos, a mostra oficial passou a atrair dez vezes mais pessoas. De 50 mil espectadores em 80, atingiu a cifra de 500 mil em 94.
Neste ano, os organizadores, com o orçamento de 7 milhões de francos (US$ 1,4 milhão) bancado em grande parte pela Prefeitura de Paris, optaram por dividir a mostra oficial em três temas.
O mais original é "Un Art en Partage" (Uma Arte em Divisão). Aqui, o público poderá encontrar, em 18 mostras, a consagração da dualidade na fotografia. São as fotos feitas em duplas, as de duplas e as duplicadas.
Lá estão Gilbert e Georges, Pierre e Gilles, Minot e Gormezano, David McDermott e David Macgough, Delmaet e Durandelle, Germaine Krull e Eli Lotal.
Esses não chegaram ao ponto de Friederike Van Lawick e Hans Muller, que uniram nomes e assinam como Lawick Muller.
Nas exposições em que as duplas são o objeto fotografado, há retratos de gêmeos feitos por Diane Arbus, Sander, Cunningham, Lartigue, Dahl-Wolfe e Harvey Stein.
O segundo tema da mostra é "L'Ailleurs" (Em Outro Lugar). São 30 exposições, inclusive com fotos do século 19, trazendo a visão de um novo mundo, captada em expedições ou viagens.
O público poderá ver aqui a África de Raymond Depardon e trabalhos de ícones como Frank Horvat, Rio Branco, Jean Pierre Evrard.
O Egito aparece fotografado em dois tempos: pelos pioneiros do século passado e no século 20, com fotos de Bresson e Lee Miller.
segundo

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