São Paulo, quarta-feira, 6 de novembro de 1996
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Acidente aéreo; Debate; Voto nulo; Pequenos assassinatos; Autismo; Folha Norte

Acidente aéreo
"Nessa hora difícil para mim e para a TAM, quero transmitir um agradecimento especial e os cumprimentos pela forma profissional e completa com que a Folha realizou a cobertura do acidente do nosso Fokker-100, e registrar inclusive a entrevista que dei logo na minha chegada do exterior.
O alto grau de responsabilidade jornalística foi demonstrado por meio das informações divulgadas e das reportagens realizadas, e, ao mesmo tempo, pude verificar uma grande sensibilidade para com os dramas humanos que estavam se desenrolando.
Não posso deixar de mencionar, principalmente, o respeito com que foi tratada a nossa empresa, que, desde o primeiro minuto, se colocou de peito aberto diante da imprensa, da opinião pública e dos jornalistas que a representam, sem procurar esconder a nossa marca, da qual temos muito orgulho, e colaborando por todas as formas para que a imprensa pudesse realizar o seu trabalho."
Rolim Adolfo Amaro, presidente do grupo TAM (São Paulo, SP)
*
"Celular virou controle remoto? Se é verdade, o que vai virar essa história? E como ficarão as providências, via Embratel ou Internet?"
Luiz Edgard Bueno (Londrina, PR)

Debate
"Por um possível cochilo do redator, a Folha deixou de transcrever no domingo importante trecho do debate de sexta-feira à noite, no qual Celso Pitta admite não ter assinado compromissos de respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente, a ele apresentados pelo PNBE e pela Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança.
O PNBE repudia a atitude do candidato de não assinar o compromisso. Os problemas de milhares de crianças de rua de São Paulo não serão resolvidos com a construção de mais obras viárias. Além disso, descartar o diálogo com um setor fundamental da sociedade civil -os empresários do PNBE- é o mesmo que fechar-se à comunicação com a sociedade. É demonstrar uma postura autoritária que, se transplantada a um estilo de governo, certamente configurará uma administração distante dos anseios da população.
O PNBE sempre foi e continuará sendo uma entidade apartidária. Portanto, a presente manifestação não deve ser entendida como sendo uma tomada de posição em relação ao segundo turno das eleições municipais de São Paulo."
Ricardo Young, 1º coordenador-geral do PNBE -Pensamento Nacional das Bases Empresariais - São Paulo (São Paulo, SP)

Voto nulo
"Nada mais adequado a um procurador-geral da República subserviente à gestão PSDB/PFL do que a publicação de um artigo de sua lavra sob a rubrica 'em termos', como se vê na Folha de 26/10, à pág. 1-3.
Nada mais inadequado, porém, à pergunta formulada pelo jornal ('é legítimo pregar o voto nulo no segundo turno da eleição municipal?') e à qualidade habitual da pág. 1-3 do que a peça de Geraldo Brindeiro.
Brindeiro primeiro admite e depois nega que a 'apologia' do nulo faz parte das 'regras'; assim, a conclusão do ilustre professor da UnB não decorre das premissas enunciadas em sua aulinha.
Eis um artigo básico no conteúdo, falacioso na forma e, apesar do emblemático 'em termos', afirmativo. Aliás, qual é mesmo o partido que mais se incomoda com a decisão do PT do Rio de sugerir o voto nulo?"
Sergio Sá Leitão, diretor da AgitProp Editora (São Paulo, SP)

Pequenos assassinatos
"Sobre o artigo 'Pequenos assassinatos' (15/10), do jornalista Luís Nassif: o articulista aborda uma questão de direito processual penal, de processo judicial ainda não julgado. Causa estranheza comentário sobre tal tema em coluna do caderno Dinheiro.
As 'evidências' que levaram o juiz a decretar a prisão preventiva de Frederico não foram apontadas corretamente pelo jornalista. O exame pericial apontou resíduos de pólvora nas mãos do indiciado. Tem-se aí um dos possíveis indícios que levaram o juiz a decretar a prisão preventiva.
O texto, apesar de conter várias críticas ao delegado e ao promotor encarregados do processo pela prisão de Frederico, não faz referência ao juiz que decretou a prisão preventiva. E, apenas e tão-somente, o juiz poderia decretá-la."
Rodrigo Otávio Barioni (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Luís Nassif - No início da coluna, menciona-se o laudo apontando vestígio de pólvora nas mãos de Frederico, assim como suas explicações. A coluna não conclui por sua inocência ou culpabilidade. Defende que, havendo dúvidas, não se poderia ter criado o clima de condenação prévia. O delegado e a promotora foram criticados porque ambos foram os responsáveis por procedimentos que feriram os direitos do acusado, além de terem montado o showbiz junto à mídia.

Autismo
"Causou-nos espanto e indignação o editorial da Folha de 25/10, intitulado 'Congresso autista'. Com o poder que tem um órgão de informação importante como a Folha, deveria haver maior responsabilidade no uso de definições, sob pena de reforçar estigmas e posturas preconceituosas.
No caso, a maneira como foi utilizado o termo 'autista' demonstra, inclusive, desconhecimento por parte do editorialista do que seja essa síndrome, prestando um desserviço à causa do autismo e das instituições que tanto vêm lutando pela inclusão dessas e demais pessoas portadoras de deficiências."
Heloísa Capelas Barbosa, presidente da Associação de Pais e Amigos de Pessoas Portadoras de Deficiências dos Funcionários do Banco do Brasil (São Paulo, SP)

Folha Norte
"Foi com surpresa e pesar que recebemos a notícia do fechamento do caderno regional Folha Norte. Só teremos notícias sobre a região quando houver interesse da Redação da Folha em publicá-las. Aquelas notícias de caráter estritamente regional, a prestação de serviços, certamente não mais teremos. Resta a esperança de que essa atitude não tenha sido definitiva."
José Hélio Gibertoni, seguem-se mais cinco assinaturas (São José do Rio Preto, SP)

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