São Paulo, sábado, 9 de novembro de 1996
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Justiça nega pedido para antecipar saída

PAULO SILVA PINTO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Justiça Federal indeferiu ontem pedido de habeas corpus de estudantes de engenharia civil da UnB (Universidade de Brasília) que queriam entregar o provão antes do tempo mínimo, fixado em uma hora e meia.
Habeas corpus é uma garantia concedida por juiz a uma pessoa que está na iminência de ter sua liberdade de locomoção violada. O MEC argumenta que o tempo mínimo é necessário para segurança da prova.
O presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), Orlando Silva Jr., 25, entrou com o pedido de habeas corpus em nome dos estudantes da UnB.
Os estudantes queriam sair do local de prova antes porque pretendem entregar a prova em branco. Dos 36 formandos de engenharia civil da UnB, 34 assinaram manifesto declarando que vão entregar em branco.
Boca de urna
O provão está provocando uma queda-de-braço dentro do movimento estudantil. Divergências políticas anteigas se acentuaram com a defesa ou ataque ao exame.
O presidente do DCE da UnB, Manoel Neto, 25, assinou o pedido de habeas corpus. Já o vice-presidente do DCE, José Antônio Reguffe, 24, filiado ao PSDB, procurou os formandos para convencê-los a não entregar a prova em branco.
Algumas pessoas receberam telefonemas em casa.
"Se a UNE fizer piquete, vamos também fazer boca-de-urna a favor do provão", disse Reguffe.
O provão está marcado para amanhã, às 15h de Brasília.

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