São Paulo, domingo, 10 de novembro de 1996
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Madeira é boa opção; tecidos, não

Umidade ameaça

DA REPORTAGEM LOCAL

A elevada umidade das regiões litorâneas faz da escolha dos móveis para uma casa de praia um exercício que deixa em segundo plano os gostos do proprietário.
Para evitar que esses móveis se deteriorem rapidamente, é preciso dar preferência a materiais com características que aguentem bem o clima da região.
Móveis de madeira maciça, por exemplo, evitam o acúmulo de umidade e têm durabilidade garantida. Os de cana-da-índia e vime também são boas e econômicas opções.
O contrário acontece com os móveis feitos com compensados, que são chapas formadas por lâminas de madeira mais fina, prensadas entre si.
Segundo o professor Valentim Russo, orientador do curso de marcenaria do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), esse material tende a estufar com o acúmulo de umidade.
A opção é utilizar móveis feitos de compensados navais, mais duráveis porque utilizam colas resistentes a água. São também imunizados contra fungos e mofos.
Ao mesmo tempo, porém, móveis de compensados navais são difíceis de encontrar e costumam ser feitos sob encomenda, o que significa custos mais altos.
Também devem ser evitados móveis de aglomerados, ou seja, feitos de placas de serragem prensada e colada, ou que tenham estruturas de metal.
Os estofados de sofás, poltronas e cadeiras devem ser feitos de material plástico. Tapetes e tecidos em geral têm o mau costume de acumular areia.
Tratamento
Os móveis devem sofrer um tratamento especial para enfrentar temporadas seguidas na praia.
Ao final da temporada, por exemplo, é bom passar um fungicida, pois a alta umidade facilita a proliferação de fungos.
A aplicação de vernizes automotivos (usados em automóveis) na superfície dos móveis é outra medida recomendável.

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