São Paulo, segunda-feira, 11 de novembro de 1996 |
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Erundina recebe apoio dos 'rebeldes' do PT e diz que divergências não têm fim LUIS HENRIQUE AMARAL LUIS HENRIQUE AMARAL PATRÍCIA ZORZAN
Três estrelas do que pode ser chamado de o "modo petista de ser rebelde" almoçaram ontem em São Paulo: a candidata Luiza Erundina e os governadores, do Distrito Federal, Cristovam Buarque, e do Espírito Santo, Vitor Buaiz. Os dois governadores vieram participar do chamado "comício da virada" realizado pela campanha de Erundina ontem à tarde. O objetivo declarado é tentar dar um viés nacional à eleição paulistana. "Em São Paulo está sendo jogado uma parte importante do futuro do Brasil", disse Buarque. Em comum, Erundina, Buaiz e Buarque têm o fato de viverem às turras com o PT. Os governadores se batem para enxugar a máquina administrativa, justamente uma das reservas de militância do partido. Já Erundina enfrentou críticas da hierarquia partidária, no primeiro turno, por ter feito uma propaganda pouco crítica à administração de Paulo Maluf. Vaias No início do comício, Buaiz foi vaiado. Não faltaram críticas a FHC e a Paulo Maluf. Segundo estimativas da reportagem da Folha, havia cerca de 5.000 pessoas. Luis Inácio Lula da Silva afirmou que o presidente Fernando Henrique Cardoso "só pensa em reeleição ao invés de cuidar do que prometeu à população". Uma das faixas dizia: "'Fora FHC do programa do PT." Presente ao evento, Leonel Brizola (PDT) disse que a posição oficial do seu partido é apoiar a candidatura de Erundina. Lula afirmou que, em 1986, "o Maluf era uma figura acabada na cena política de São Paulo. O uso da máquina, dinheiro e o fato de concorrer a dez eleições fez com que ele fosse perdoado por uma parte da elite de São Paulo que nunca admitiu ter sido comandada por uma nordestina". Texto Anterior: FHC e Fidel divergem sobre globalização Próximo Texto: Carreata chama eleitor sem Pitta ou Maluf Índice |
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