São Paulo, segunda-feira, 11 de novembro de 1996
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Para diretor, prova não avalia faculdade

DA REPORTAGEM LOCAL

Para Álvaro Villaça Azevedo, diretor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, a prova ministrada ontem não vai avaliar adequadamente as faculdades de direito.
"Achei fácil, não porque seja professor", disse. "Ela não vai ter condição de constatar diferença entre uma universidade e outra. As questões são tão genéricas."
Para o advogado Mauro Bueno, a prova "avalia o conhecimento do aluno, mas não o da instituição de ensino". Segundo ele, "a prática do advogado não tem nada a ver" com as questões apresentadas, vistas como excessivamente acadêmicas.
Álvaro Villaça considerou o questionário "relativamente bem feito". Mas, na primeira parte, para ele, "o aluno ruim vai responder igual ao bom aluno".
O diretor da Faculdade de Direito participou da discussão inicial dos temas da prova, em uma comissão do MEC para o provão.
A parte discursiva da prova era composta por três temas, dos quais o estudante deveria escolher uma para elaborar um parecer.
Sobre o questionário sociocultural que precedia as questões que valem nota, os especialistas acharam temerária a idéia de que os estudantes avaliem suas faculdades.
"Devem existir outros critérios" para medir a qualidade das faculdades, disse Villaça.

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