São Paulo, segunda-feira, 11 de novembro de 1996
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Protesto; Salários; Na mesma moeda; À espera de explicação; Cuba; Análise simplista; Em extinção; Vicissitudes; Espírito crítico; Transporte rodoviário; Comparações

Protesto
"Em nome dos delegados de polícia (bacharéis em direito, concursados mediante provas e títulos, como os juízes e promotores), venho discordar da maneira antidemocrática, preconceituosa e ofensiva como se manifestou o juiz de direito Dyrceu Aguiar Dias Cintra Júnior, da Associação Juízes para a Democracia, no artigo 'O controle da atividade policial' (7/11), quando, de modo nada ético, diz que 'não há no Brasil crime organizado sem conivência ou participação da polícia', além de outras manifestações infelizes, que não estão à altura da ponderação e do equilíbrio que a sociedade espera de um magistrado."
Bismael Batista de Moraes, presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

Salários
"Em sua edição de 2/11 esta Folha divulga afirmação da sra. Luiza Erundina dando conta de que são auferidos salários de até R$ 40 mil pelos diretores do PAS.
Como presidente da cooperativa que gerencia o módulo 12 -Jabaquara, sou testemunha de que o sr. secretário municipal de Saúde nesse particular porta-se com o maior rigor, determinando que as retiradas não devem exceder, na jornada básica de trabalho, R$ 3.200 para a jornada de 20 horas semanais e R$ 6.400 para aquela de 40 horas.
A folha de pagamento deste módulo está à disposição para consulta e auditoria de quem quer que seja."
Thomaz A.C. Cardoso de Almeida, diretor técnico do Hospital Municipal Dr. Arthur Ribeiro de Saboya (São Paulo, SP)

Na mesma moeda
"Já que os nossos representantes no Congresso vão 'melar' a reeleição para os cargos executivos -presidente, governador e prefeito-, por que não estender a mesma regra para eles?
Proponho uma campanha pública pela 'isonomia reeleitoral'. Não vale para o Executivo? Também não vale para o Legislativo!
E aí vamos tentar eleger um time que 'pegue no batente' de segunda a sexta-feira, com férias de 30 dias por ano, a exemplo de todos os outros trabalhadores brasileiros. Assim também acaba aquela desculpa esfarrapada de que eles estão trabalhando nas bases -na reeleição- enquanto gazeteiam."
Michael Wilberg (Brasília, DF)

À espera de explicação
"Tendo em vista os questionamentos levantados pela Assembléia Legislativa de São Paulo e pela Associação dos Advogados de São Paulo com relação ao programa de recadastramento de empresas conduzido pelo governo do Estado, é chegada a hora de o secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania dar à sociedade explicações convincentes sobre o tal programa, feito sem licitação e que induz todos os empresários a fazerem algo que, de acordo com a lei, não estariam obrigados.
Estamos aguardando, secretário, uma explicação transparente!"
Alberto Murray Neto (São Paulo, SP)

Cuba
"Com orgulho latino venho acompanhando as reportagens que a Folha tem realizado sobre meu país. Sou cubano e há alguns meses estou morando em Santo André, à espera de um visto canadense que me permita juntar-me à minha mulher em Montreal.
Embora infelizmente os trabalhos (imagens) não mostrem o quadro de miséria e calamidade ao qual está submetido meu país, têm grande significado político para mim e para os que, como eu, amam a liberdade.
Até o direito à livre expressão está ausente da realidade cubana, levando grande parte da opinião pública internacional a ter pouca informação sobre a ilha, onde muitos pensam existir um 'paraíso de liberdade'."
Felipe Garcias (Santo André, SP)

Análise simplista
"A coluna da articulista Marilene Felinto de 29/1 demonstra que a distância que nos separa do 'microondas americano...', da 'impressora', do 'liquidificador...', do 'tecido...' é diretamente proporcional àquela que separa a visão deslumbrada de colonizado da realidade imposta por antigos colonizadores.
O artigo deixa transparecer a emoção de um consumidor ávido, que precipita-se em atacar a indústria nacional sem uma reflexão sobre as causas históricas, econômicas e culturais que forjaram nossa indústria.
Penso que a articulista fez uma análise simplista."
Luis Fernando Carvalho da Silva (Brasília, DF)
*
"Estou lendo o artigo de Marilene Felinto de 5/11. Ela fala que vários leitores não gostaram da sua 'Indústria de Cacarecos', de 29/10. Pois eu gostei. Achei formidável.
Mandei, por fax, para vários amigos aqui no Rio. Todos acharam excelente.
Ainda por cima coloquei numa moldura e está na parede, junto ao meu computador, para quem ainda não leu tomar conhecimento.
É preciso acabar com essa hipocrisia de nacionalismo barato, que não leva a nada. Somos um Quinto Mundo, com pretensões a Primeiro, quando nem conseguimos ser Terceiro."
Moacyr Deriquem, ator (Rio de Janeiro, RJ)

Em extinção
"É lamentável que o governo do Estado de São Paulo queira acabar com a única unidade de pré-escola existente sob sua responsabilidade. Unidade esta que funciona na Lapa como Escola Experimental e Cefam 'Dr. Edmundo de Carvalho'."
Maria Alice Cotrim (São Paulo, SP)

Vicissitudes
"Com o segundo maior colégio eleitoral do mundo ocidental, o Brasil concentra, aproximadamente, 100 milhões de eleitores. São Paulo e Rio de Janeiro polarizam, nitidamente, as candidaturas de direita e esquerda neste ano de 1996.
Ambas as capitais apresentaram resultados que podem provocar vicissitudes nas diretrizes do governo federal."
Andrea de Novaes Rezende (São Paulo, SP)

Espírito crítico
"Sobre o editorial 'Em falta com a educação' (27/10): consideramos lamentável a falta de espírito crítico ao analisar a questão da educação."
Mauro Alves da Silva, diretor-presidente do Grêmio Social-Esportivo-Recreativo Sudeste (São Paulo, SP)

Transporte rodoviário
"Mesmo que o setor de transporte rodoviário viva amarrado a um associativismo classista defasado no tempo, parece que nosso segmento começa a se liberar do corporativismo antiquado.
Foi aprovada em setembro de 1994 pelo Congresso Nacional a criação do Sest/Senat -Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem em Transporte, organismos nos moldes existentes do Sesi/Senai e Sesc/Senac, experiências comprovadamente exitosas.
Terá alcance profundo na profissionalização do setor. Processar-se-á a desinfernização do transporte rodoviário nacional, ainda hoje perplexado por mão-de-obra despreparada e metodologias operacionais superadas."
Paulo Duarte e Silva (Joinville, SC)

Comparações
"Bornhausen e Amin são como a Coca-Cola e a Pepsi-Cola. Bornhausen é a Coca-Cola. Amin é a Pepsi-Cola.
Bornhausen é emoção pra valer. Amin é simplesmente o sabor."
Francisco Anéas (Garuva, SC)

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