São Paulo, quarta-feira, 13 de novembro de 1996 |
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Cavalo árabe vira produto de exportação
DA REPORTAGEM LOCAL A Exposição Nacional do Cavalo Árabe, que levou 523 animais puros ao Agrocentro, em São Paulo, terminou domingo último e confirmou a mudança de perfil na criação da raça no país."Em 95 mandamos cerca de 35 cavalos para outros países e para cá vieram somente dez, ou seja, os números mostram que o país passou mesmo de importador a exportador de puro-sangue árabe." A informação foi dada por Sidney Muniz, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Cavalo Árabe, entidade que promoveu a Exposição Nacional. O novo contexto repercutiu na feira, segundo ele. "Americanos, canadenses e europeus compraram oito cavalos aqui no recinto até a quinta-feira passada e a tendência é de aumento nas aquisições até o final da mostra", afirma. Outra mudança importante, segundo Muniz, que preside a associação até março de 97, deu-se nas premiações dos animais. "Nos julgamentos, os potrinhos com menos de 36 meses de idade, nascidos no Brasil, venceram a maioria dos importados", explica o dirigente. Segundo ele, isso reflete a qualidade atual dos animais que por aqui estão sendo selecionados. "Era natural que isso acontecesse, pois nos últimos anos trouxemos para o país os melhores pedigrees mundiais da raça." "Mas, particularmente, eu não esperava que fosse tão rápido." Nas disputas entre os animais adultos importados e nacionais, o presidente da associação reconhece a vantagem dos primeiros. "Não será surpresa, porém, se forem brasileiros o cavalo campeão ou a égua campeã." Este ano, mais de 50 expositores participaram da mostra. Texto Anterior: Indústria de trator espera novo crédito Próximo Texto: Produtores abandonam o leite Índice |
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