São Paulo, quarta-feira, 13 de novembro de 1996 |
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Disney faz vídeo para 'educar' brasileiros
PRISCILA LAMBERT
Segundo a gerente e porta-voz da Disney, Vicki Johnson, houve muitas reclamações sobre o comportamento dos grupos brasileiros durante o verão americano -entre junho e agosto deste ano. Funcionários e visitantes americanos reclamam que os grupos são barulhentos e indisciplinados. "O que nós americanos acreditamos ser um comportamento incomum é normal no Brasil. A campanha é um esforço para transformar a Disney World em uma boa experiência para todos", disse. Faz parte dessa campanha um vídeo produzido pelo departamento de marketing da indústria turística da Disney para a América Latina. O vídeo foi feito especialmente para o Brasil e traz dois adolescentes que passeiam pelo parque dando dicas sobre como se portar em filas, restaurantes e brinquedos (veja trechos nesta página). O material foi apresentado durante um seminário que reuniu 2.300 guias de turismo de seis cidades brasileiras em maio deste ano. As operadoras de turismo, com o material, poderiam instruir melhor seus clientes. Segundo Ana Maria Donato, 36, gerente para a indústria de viagem da Disney do Brasil, o vídeo é apenas um dos instrumentos usados para uma campanha de melhor preparação tanto dos grupos quanto dos funcionários. "Não temos o intuito de corrigir o comportamento dos visitantes. Durante o seminário, foram apresentados vários vídeos sobre o funcionamento e as regras dos parques para facilitar a visita e melhorar o atendimento." Segundo Ana Maria, essa preocupação surgiu porque o mercado brasileiro cresceu muito nos últimos anos. Ela afirma que o brasileiro é, atualmente, o terceiro maior público visitante do parque nas férias de julho. Em relação a visita de grupos fechados, os brasileiros representam 70% do total. Tentativa Segundo Leonel Rossi Júnior, 57, presidente da Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagens), o vídeo é mais um instrumento para tentar resolver o problema do mau comportamento dos brasileiros. "Mas não creio que adiante, porque é muito difícil controlar grupos grandes de crianças sem acompanhamento de um parente", afirma. Com agências internacionais Texto Anterior: Provas revelam participação de cinco pessoas no assalto ao bar Próximo Texto: Pão de Açúcar vende cartões do Unicef Índice |
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