São Paulo, quinta-feira, 14 de novembro de 1996
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Colega viu garoto ser retirado

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma aluna da 5ª série do Colégio Rio Branco da Granja Viana, que pediu para não ser identificada, afirmou ontem à Folha ter presenciado o momento em que Guilherme foi retirado da piscina.
Ela estava no vestiário se trocando, logo depois de sua aula de natação, que terminou por volta das 15h30 de terça-feira.
"O pessoal chegou gritando que um menino tinha dado um pulo e machucado muito a cabeça. Falavam que tinha muito sangue, e todo mundo foi ver", disse.
Segundo ela, o professor correu para socorrer o garoto e o levou para a enfermaria.
Provocação
"Enquanto isso, um grupo de meninos provocou o Guilherme -disseram que ele não teria coragem de pular na piscina. Mas ele foi lá, pulou e começou a afundar", afirmou.
Assustados, os meninos teriam fugido. Segundo o relato, um outro aluno teria ido até a beira da piscina ver o sangue do garoto que foi levado à enfermaria e visto um corpo afundado.
Ela afirmou que somente depois de os alunos terem insistido por muito tempo é que o professor foi até a piscina, recolheu Guilherme e iniciou o socorro.
A estudante afirmou que no local onde fica a piscina não havia bóias nem salva-vidas, só professores.
"Depois do acidente, colocaram três bóias redondas na piscina. Mas nunca teve isso", afirmou.
A mãe da estudante, que também pediu para não ser identificada, afirmou que ficou surpresa com o afogamento do garoto. "O colégio é maravilhoso, tem professores excelentes. Nunca imaginei que isso pudesse acontecer", disse.
Segundo a direção da escola, as aulas de natação são sempre assessoradas por professores de educação física e um auxiliar.

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