São Paulo, quinta-feira, 14 de novembro de 1996 |
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Entenda como se dá a venda ao exterior
IRINEU MACHADO; ALEX RIBEIRO
O banco do exterior manda o dinheiro estrangeiro a um banco instalado no Brasil. O banco no país avisa o clube brasileiro da chegada do dinheiro. O clube brasileiro leva ao banco a cópia do contrato de venda do passe, além de um atestado da CBF liberando o jogador. O banco deve, então, analisar a documentação. Estando tudo em ordem, troca o dinheiro estrangeiros por reais. Para a entrada do dinheiro estrangeiro no país ser considerada legal a conversão em reais torna-se obrigatória. A conversão é chamada, oficialmente, de operação de câmbio. Como a venda do passe de atletas brasileiros ao exterior é considerada uma operação comercial normal, o clube deve receber o pagamento em moeda brasileira. O déficit O déficit da balança comercial brasileira (diferença entre a soma das exportações e importações) é um dos motivos que aumentam a preocupação do governo com o dinheiro da venda de passes de jogadores ao exterior. Para cobrir o prejuízo comercial, o governo conta com o ingresso de recursos de outras fontes. O dinheiro arrecadado com a venda de passes de jogadores ao exterior é uma destas fontes que o governo dispõe. O BC costuma fazer um levantamento mensal de todos os recursos que o país ganhou com a venda de jogadores para o exterior e de quanto gastou com a compra de atletas de fora para atuarem no Brasil. Os números, no entanto, não costumam ser divulgados. Avaliando o passe do atacante Ronaldinho, que está no Barcelona, em US$ 40 milhões, seria necessário o país vender o equivalente a 39 jogadores como ele para cobrir o déficit da balança comercial nos primeiros nove meses do ano. (IM e AR) Texto Anterior: As maiores transações Próximo Texto: Zagallo diz que vai viajar para assistir ao playoff do Brasileiro Índice |
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