São Paulo, domingo, 17 de novembro de 1996 |
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Conflito garantido; Tributação polêmica; Perda total; Burocracia reduzida; Sobrarão muitos; Sonhando acordado; Campanha aberta; Puxão de orelha; Primeiro teste; Sem panos quentes; Dono da bola; Ah, bom; Desastre estadual; Fala mansa; Itamaraty acionado; Polícia local; Dinheiro cativo Conflito garantido Saem na terça as novas regras do ITR (Imposto Territorial Rural). É uma paulada na propriedade improdutiva, que vai pagar oito vezes mais imposto do que a produtiva. O número de alíquotas cairá das atuais 180 para 30. Tributação polêmica O ITR será calculado sobre o valor da terra. Mas as alíquotas vão variar de acordo com a produtividade. Terras improdutivas pagarão 20%. O próprio contribuinte calcula e paga o tributo. Perda total Pelas novas regras, o dono de terra improdutiva que ficar cinco anos sem pagar o ITR perde a propriedade. Há, porém, economistas que acham que as regras serão facilmente burladas. Burocracia reduzida O novo ITR terá dois formulários: um modelo simplificado e um completo. O prazo de pagamento é até 10 de outubro de 97. Sobrarão muitos FHC recomendou aos aliados que postulam as presidências da Câmara e do Senado que mantenham suas candidaturas. Estimulou todos. O jogo está cada vez mais indefinido e embaralhado com a reeleição. Sonhando acordado Ingenuamente, tucanos dizem que já um sinal de que a sucessão no Senado está embolada: até agora a bancada do PSDB não se manifestou sobre a candidatura ACM. Será que precisa? Campanha aberta O líder do PMDB na Câmara, Michel Temer (SP), e seus aliados têm reunião marcada para a próxima terça. Vão intensificar a campanha de Temer a presidente da Casa entre os deputados dos outros partidos. Puxão de orelha Pedro Simon convocará a bancada do PMDB no Senado para discutir a suposta composição de Jader Barbalho e Iris Rezende com o governo para deixar a presidência da Casa com ACM. Primeiro teste A SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos) promove no 1º semestre de 97 um exercício de simulação de emergência nuclear em Angra dos Reis (RJ). Até recentemente, a atividade era de competência do Exército. Sem panos quentes As madeireiras que não seguirem as regras do manejo florestal na Amazônia terão problemas. É o que o ministro malasiano Lin Keng Yaiak vai ouvir amanhã, em Brasília. Dono da bola Para votar a emenda da reeleição na Câmara em janeiro, Luís Eduardo Magalhães está disposto a radicalizar. Se o assunto não estiver liquidado em até 40 sessões da comissão especial, avoca o projeto e o remete ao plenário. Ah, bom Decidido: os articuladores da reeleição vão batalhar para o fim da desincompatibilização em todos os níveis. Só para FHC, "equivaleria a fulanizar a questão", diz Inocêncio Oliveira. Desastre estadual Para contornar as resistências regionais à reeleição, os líderes do PFL argumentam que poucos governadores conseguiriam novo mandato, se a eleição fosse hoje. A idéia é reduzir a dissidência a no máximo quatro votos. Fala mansa Paes de Andrade abre uma porta para desistir de concorrer à presidência da Câmara em favor de Michel Temer. "Ainda há possibilidade de entendimento." Itamaraty acionado Embaixador em Portugal, Jorge Bornhausen dará uma desculpa diplomática para passar janeiro, quando deve se votar a reeleição, em Brasília. Quer evitar comparação com Itamar. Polícia local O Ministério da Justiça vai incentivar a criação de guardas municipais. Considera melhor que a polícia tradicional. Dinheiro cativo Luiz Antônio Medeiros (Força Sindical) ficou contrariado com a recusa do Planalto em ampliar a utilização do FGTS além das privatizações. "O governo cedeu aos bancos, desta vez com o dinheiro do trabalhador", diz. TIROTEIO De Aldo Rebelo (PC do B-SP), sobre projeto do senador Sérgio Machado (PSDB-CE) que acaba com o voto obrigatório: - É só o primeiro passo. Depois, os tucanos do Ceará vão querer acabar com o imposto obrigatório, que é o que realmente os incomoda. Próximo Texto: Sósia de futuro Índice |
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