São Paulo, domingo, 17 de novembro de 1996
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Nova carta; Sem-Números

ELIO GASPARI

Nova carta
Uma nova hipótese no cassino da reeleição: se for conveniente para a matemática do plenário do Congresso, esquece-se a releição, esquece-se a releição dos governadores e dos prefeitos e joga-se só a de FFHH.

Sem-Números
Como o ano está terminando, o Ministério da Reforma Agrária e o Movimento dos Sem-Terra poderiam contratar uma auditoria para que se chegue a um só número para o total dos assentamentos feitos pelo governo desde janeiro.
O governo diz que até outubro assentou 43 mil famílias e acredita que cumprirá sua meta de 60 mil.
O MST diz que se assentaram só 12 mil famílias. As demais ou são posseiros que já estavam na terra e tiveram sua situação regularizada, ou são assentados verdadeiros, que ainda não receberam os papéis que lhes dão acesso ao financiamento oficial de R$ 7,5 mil.
O governo replica dizendo que é justo contar como assentado tanto um posseiro que já estava na terra quanto outro que não a tinha e agora a tem, mesmo que lhe faltem papéis financeiros.
O MST treplica argumentando que FH se comprometeu a dar prioridade às 52 mil famílias que vivem em 168 acampamentos. Assim, não faria sentido contar velhos posseiros.

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