São Paulo, terça-feira, 19 de novembro de 1996 |
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Prefeito do Rio cassa alvará de funcionamento do Circo Voador Luiz Paulo Conde eleito foi expulso da casa por punks WILSON TOSTA
Segundo Maia, o incidente serviu para dar um motivo concreto à Prefeitura do Rio para fechar o Circo Voador, objeto, afirmou, de muitas queixas relativas a barulho e confusão. Maia não se sensibilizou com argumentos de que o local seria um dos pontos de maior tradição na cidade. "Tradição de que? De bagunça? De desordem? De maconha? De cocaína?", disse o prefeito. Com cabos eleitorais e até uma banda, Conde tentou comemorar a sua vitória, sábado, no Circo. Ali, umas 800 pessoas esperavam o início das apresentações dos grupos punk Ratos de Porão e Garotos Podres. O prefeito eleito não conseguiu ficar mais de dez minutos: saiu sob insultos e latas de cerveja. Outro lado Maria Juçá, diretora do Circo Voador, disse ontem à Folha que o fechamento da casa, que funciona há 14 anos, seria "assassinato cultural". "O Circo não pode ser julgado por uma atitude de 15 adolescentes", afirmou Juçá, que disse que Conde sabia, com antecedência, da presença dos punks. Segundo ela, a maioria do público não participou da confusão. Maria lembrou que muitos grupos musicais de sucesso, como Barão Vermelho, Cidade Negra e Skank, começaram no Circo. A diretora do local negou que haja, no local, estímulo ao consumo de drogas. "Estamos pedindo um contato com o Conde, para conversar", afirmou. Texto Anterior: Saiba o que é o projeto Qualis Próximo Texto: Pitta 'testa' o Fura-Fila no Reino Unido Índice |
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