São Paulo, quarta-feira, 20 de novembro de 1996 |
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'Guerra' se faz com energia
INÁCIO ARAUJO
Também não tem o encanto e o colorido da narrativa original de H.G. Wells, que transporta o leitor a outras dimensões, a outros mundos, como se isso fosse a coisa mais simples do mundo. O livro (seguramente) e a adaptação radiofônica (presumivelmente) ganham de "A Guerra dos Mundos", de Byron Haskin, sobretudo em poder de sugestão. Problema, aliás, que o filme contorna com bons efeitos especiais. Mas a comparação a que o filme realmente se presta é com o recente "Independence Day", que aliás começa brilhantemente (as sombras sobre a Casa Branca são memoráveis e bem acompanhadas pelas cenas de abertura). Este é um dos grandes sucessos do ano de 1996, sem dúvida, embora mergulhe na mais tosca ideologia: é a América triunfante, que resgata o mundo do perigo e o controla com mais energia do que os ETs., o que se vê no filme. A comparação entre "A Guerra dos Mundos" e "Independence Day" parece reforçar a idéia de que Hollywood enfrenta um momento de decadência criativa. E que países como o Brasil enfrentam uma crise de olhar. Engolimos passivamente empreitadas em que o empenho criativo está bem longe de corresponder à publicidade. (IA) Texto Anterior: CLIPE Próximo Texto: Performance faz parte do texto jornalístico Índice |
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