São Paulo, quinta-feira, 21 de novembro de 1996
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Trânsito: uma questão de educação

SIDNEY RODRIGUES

A última campanha eleitoral foi marcada por diversas discussões a respeito dos caminhos que São Paulo deve tomar para que o paulistano melhore o seu padrão de vida. Um assunto acabou se destacando: o trânsito.
A capital possui uma frota de 4.692.793 veículos, que foi responsável, somente no mês de setembro, por 17.260 acidentes, uma média de 24 acidentes por hora, com 2.872 vítimas, sendo 92 fatais.
Travamos em nossas ruas uma verdadeira guerra urbana, muito pior que a do Vietnã ou a Guerra do Golfo, e os mortos e feridos são nossos entes queridos...
Portanto nossos políticos têm razão em se preocupar com um assunto delicado que nos envolve diretamente.
As propostas apresentadas devem ser analisadas e, após, verificada sua exequibilidade, colocadas em prática.
No entanto o principal aspecto não foi abordado e é diretamente ligado a todos nós: a educação.
Convido os senhores a se tornarem observadores do trânsito. Assim, poderão verificar diversos tipos de infrações, desde desrespeito ao farol até ultrapassagem perigosa, além daquele "espertinho" que, no final de semana na estrada, dirige pelo acostamento.
Esse comportamento, além de negligência e imprudência, representa principalmente falta de educação.
E a falta de educação é o principal problema brasileiro.
Além das promessas de campanha, torna-se necessário que a sociedade invista em educação de trânsito, desde o 1º grau, pois é ensinando a criança que plantaremos uma semente de responsabilidade, cujo furto colheremos no homem de amanhã.
Portanto, acredito ser hora de reflexão, pois, se mudarmos nosso comportamento no trânsito, passando a respeitar regras e normas e, principalmente, nosso semelhante, poderemos ter o orgulho de criar uma cidade melhor e um trânsito mais humano.

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