São Paulo, sexta-feira, 22 de novembro de 1996
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Primeira linha puxa Bolsas para cima

JOSÉ CARLOS VIDEIRA
DA REDAÇÃO

As ações de primeira linha ("blue chips") puxaram ontem as Bolsas para cima. O índice da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) avançou 1,29% e o Isenn, da Bolsa do Rio, subiu 1,30%.
As Bolsas brasileiras não acompanharam a queda do índice Dow Jones, da Bolsa de Valores de Nova York, que caiu 0,16% ontem.
Com a proximidade do final de ano, os investimentos em ações começam a ficar mais concentrados nos papéis com maior liquidez. Mesmo porque, os da chamada segunda linha (menos negociados) estão bem mais fracos.
Além disso os resultados das "blue chips" têm saído acima das expectativas do mercado.
Ontem, por exemplo, a Eletrobrás anunciou (depois do fechamento das Bolsas) resultado de R$ 2,1 bilhões de janeiro a setembro.
A expectativa de um bom resultado fez com que os papéis da holding do setor elétrico brasileiro já subissem 1,47% ontem.
Petrobrás PN também avançou 2,96%, acumulando no mês alta nominal de 4,51%. No ano, os papéis da companhia têm valorização de 67,49%, quase igual à alta nominal de 67,52% de Telebrás PN no mesmo período.
A perspectiva é que Petrobrás PN ganhe mais fôlego hoje nas Bolsas. É que a empresa anunciou ontem (também depois do fechamento) que a reserva potencial de petróleo do campo gigante, localizado na Bacia de Campos (RJ), é de 1,3 bilhão de barris de petróleo. A empresa calculava reservas entre 400 milhões e 600 milhões de barris para o campo em outubro.
Banespa PN foi outro destaque da Bovespa, com alta de 32,6%. O mercado está enxergando boas perspectivas sobre acordo para a "federalização" do controle do banco paulista. No mês, os papéis do banco já subiram 43,8%.
No mercado à vista de dólar não houve intervenção do Banco Central, mesmo com os negócios com dólar comercial (usado nas exportações/importações) saindo abaixo do piso da minibanda de variação cambial durante o dia.
No mercado de juros, o destaque foram os negócios a termo para dezembro saindo a 2,51%/2,52% de taxa-0ver.
Essa taxa projeta o custo efetivo do dinheiro para dezembro entre 1,77% e 1,78% -mesma projeção dos contratos futuros de taxa de juro (DI) da BM&F ontem.

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