São Paulo, sexta-feira, 22 de novembro de 1996 |
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Craques do abobrol
FABRIZIO RIGOUT
A faixa que abre seu primeiro disco, "Foi sem Querer", já começa a fazer sucesso. "As crianças gostam da possibilidade de dizer: 'Olha, eu fiz uma besteira, mas foi sem querer'. Isso é uma abertura para elas", explica o vocalista Toco Pino Solto. A música fala de gente cara-de-pau, que faz coisas erradas e tenta se justificar. Deboche O Pino Solto é piada e deboche total, num estilo que lembra grupos como Língua de Trapo, Mamonas Assassinas e o cantor Falcão. "Eu nunca imaginei que uma grande gravadora ia querer que a gente cantasse uma música como 'Pay Day' (nome em inglês que significa 'dia de pagamento' e que soa como o palavrão 'peidei')", diz Toco. O disco foi nascendo nas horas vagas, quando os integrantes do Pino Solto tocavam com outros cantores. "Nossas músicas são todas compostas na estrada. Chega um momento, você não tem o que fazer e fica falando besteira. E aí acaba rolando." As fontes de inspiração para o grupo são desde músicas dos anos 60 até cantores atrapalhados, feito Amado Batista. Eles é homenageado na faixa "Errar é humano, mas vê se manera". Outros temas: um sujeito que subiu na vida sem estudar, um gago que canta rock, uma drag queen (homem vestido de mulher) que engole serpentes e come baguetes quentes... Daí para baixo, é melhor desligar o cérebro e deixar entrar o abobrol. (FR) Texto Anterior: Música para ouvir e se divertir Próximo Texto: Sons da intimidade Índice |
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