São Paulo, sexta-feira, 22 de novembro de 1996 |
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Brasileiros fazem "Traviata" fiel
JOÃO BATISTA NATALI
Mas foi muito mais do que isso. Os três solistas, que enfrentavam pela primeira vez aquela ópera de Giuseppe Verdi (1813-1901), deram mostras, sob a regência de Jamil Maluf, de um controle maduro e virtuoso de seus papéis. A soprano Rosana Lamosa, como Violetta, hesitava de início em preencher com sua voz o volume físico do Teatro Municipal. Mas ganhou rapidamente em segurança. Deu-se ao luxo de modular com ênfase diferenciada cada frase de seu personagem. Fundiram-se na atriz e na cantora uma Violetta precisa, sutil, entre o místico e o sensual. Lamosa tampouco reprimiu seus belos trinados. Sua voz, que nos últimos anos caminhava para papéis como Elektra ou Isolda, qualifica-se agora para a interpretação de heroínas de Donizetti ou Puccini. O tenor Rubens Medina (Alfredo) subia pela segunda vez num palco. Nem sempre auto-reprimiu uma espécie de "pavarottismo", que consiste em pronunciar com emocionalismo excessivo a primeira sílaba de cada verso. Demonstrou, no entanto, excelente volume e maravilhoso timbre. Por fim, o barítono Inácio de Nonno (Giorgio), fez com Violetta um grande e eloquente dueto no início do segundo ato. Mas, comedido, não soltou toda sua voz. Ópera: "La Traviata", de Giuseppe Verdi Produção: Patronos do Municipal Onde: Teatro Municipal (pça. Ramos de Azevedo, s/nº, Centro, tel. 011/222-8698) Quando: amanhã e dia 26, às 20h30, e dia 24, às 17h Ingressos: esgotados Texto Anterior: Arrecadação sobe de R$ 170 mil a R$ 1 mi Próximo Texto: Não deixa o Comitê Olímpico usar telefone! Índice |
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