São Paulo, sexta-feira, 22 de novembro de 1996 |
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Senador ACM é o próximo alvo de Morais
ARMANDO ANTENORE
Pela primeira vez, porém, vai retratar um personagem vivo: o senador Antônio Carlos Magalhães. O jornalista conta que, há um ano, na televisão, lhe perguntaram por que só escreve sobre personalidades que morreram. Citou, então, três políticos vivos que gostaria de biografar: o ex-militante comunista Apolônio de Carvalho, o senador do PFL baiano e o presidente Ernesto Geisel (morto recentemente, em setembro de 96). Passaram-se meses e um banqueiro de SP ("Prefiro não revelar o nome") procurou Morais. Disse que ACM soubera da entrevista na TV e estava querendo conversar. Marcaram o encontro para abril, em Brasília. O senador foi claro: tinha interesse na biografia. O escritor se animou e levou o projeto à Companhia das Letras, que deu sinal verde. "Desde o governo de Juscelino Kubitschek, ACM vem protagonizando os principais fatos políticos do país. Não bastasse, é polêmico e sedutor -um personagem perfeito", define o jornalista. Morais e o senador se reuniram outras duas vezes em Salvador. O último encontro se deu há quase três meses, quando o parlamentar festejou seu 69º aniversário. "Por enquanto, não gravo nem anoto nada. Só converso e observo", explica o escritor. Ele diz que tratará o baiano com o mesmo "rigor jornalístico" que reservou para Olga Benario e Assis Chateaubriand, protagonistas das biografias anteriores. "Farei pesquisas em arquivos e entrevistarei dezenas de pessoas, além do próprio senador. Tudo o que for relevante estará no livro, ainda que não favoreça ACM." O jornalista promete que o parlamentar não lerá a biografia antes do lançamento. "Como sempre, só mostrarei os originais para minha mulher e meu editor." Texto Anterior: UBE promove hoje mesa-redonda em SP; Lojinha do Memorial lança marca de tecido; Empresa Tigre premia artistas plásticos Próximo Texto: Os livros de Morais Índice |
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