São Paulo, domingo, 24 de novembro de 1996 |
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Inglaterra inventou 'universidade no ar'
LUCIA MARTINS
A idéia surgiu, no entanto, em 1963, quando o ex-primeiro-ministro britânico Harold Wilson fez um discurso, em que propôs a criação da "universidade do ar". Segundo a proposta do discurso feito por Wilson, seria criado "um consórcio entre várias instituições de educação superior -usando um sistema de correspondência- que levaria o ensino às casas de estudantes adultos". O acordo foi fechado em 1969. Segundo dados de 1995, mais de 150 mil estudantes já foram registrados na universidade e cerca de 51 mil pacotes "educativos" da instituição foram vendidos -cada um deles usado por mais de uma pessoa. A maioria dos cursos são de graduação ou de especialização profissional em nível superior. As áreas abrangidas pelos cursos oferecidos são: artes, ciências sociais, educação, saúde, gerenciamento, matemática, computação e tecnologia. A ligação professor-aluno é feita normalmente por programas de rádio e TV, fitas de vídeo ou kits para computador. Alunos A Universidade Aberta britânica só aceita alunos residentes no Reino Unido ou em países da Europa. "A quantidade de funcionários e de recursos disponíveis acabam regulando o número de alunos que é aceito nos diferentes cursos oferecidos", diz o "regimento interno" da universidade. O tempo de duração das disciplinas também varia, mas, em média, são 12 a 14 horas por semana durante nove meses. Negócios A Universidade Aberta de Negócios, por exemplo, tem cadeiras que duram entre 3 e 6 meses. Para conseguir completar uma graduação, um estudante demora o mesmo tempo que um aluno que curse uma universidade comum, de 4 a 6 anos. Os critérios de avaliação são os mesmos usados em instituições de ensino superior tradicionais. Os custos médios de um curso completo de graduação giram em torno de 2.700 libras (US$ 4.500). Perfil O perfil dos alunos da Universidade Aberta é o seguinte: são pessoas em geral com idades entre 30 e 40 anos, a metade dos estudantes é composta por mulheres (é a maior proporção de universitários do sexo feminino em qualquer instituição de ensino superior do Reino Unido) e há muitos excepcionais (4.500, em 1995). Os resultados dos alunos são bons. Em média, 80% dos estudantes passam nos exames do primeiro ano dos cursos, e mais de 55% chegam até o fim e se formam. Texto Anterior: Termina hoje a "5ª Feira da Oportunidade; Doadores de sangue são homenageados Próximo Texto: Estudantes têm perfil diferente Índice |
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