São Paulo, domingo, 24 de novembro de 1996 |
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ARIDA ARIDA Pérsio Arida faz a crítica de sua própria experiência como um dos formuladores do Plano Cruzado, em 1986, durante o governo Sarney. O seu depoimento, um dos mais curtos do livro, e certamente o mais contido, não traz críticas a outros economistas: "Na época, era muito jovem, (tinha) 33 anos. Padecia, penso que todos nós padecíamos, da falta de uma visão plena do processo de estabilização. Toda estabilização bem-sucedida tem que ter uma coalização política que apóie o núcleo-chave de políticas. (...) O Cruzado teve muito mais sucesso na partida do que esperávamos, mas o jogo político não teve a maturidade adequada. O congelamento, previsto como algo temporário, tornou-se um fetiche, a equipe econômica não conseguia se entender no diagnóstico do problema, havia uma limitação ao uso da política monetária como instrumento contracionista, o Congresso era dominado por um partido rival ao do presidente, não havia legitimidade para falar nos sacrifícios necessários nos níveis de emprego e renda disponível, o equilíbrio fiscal soava como retórica gasta do governo militar". Texto Anterior: GIANNETTI Próximo Texto: PASTORE Índice |
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