São Paulo, domingo, 24 de novembro de 1996
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BELLUZO

Autocrítica
Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo comenta o Plano Cruzado, no governo Sarney:
"(No livro 'O Heterodoxo e o Pós-Moderno'), a crítica que eles fazem a nós (os criadores do Cruzado) é termos feito uma análise e feito outra coisa na prática. De certa forma, eles têm razão, mas ali a questão era outra. Sabíamos que aquilo (o Cruzado) tinha uma vida limitada, mas quase que fomos constrangidos a fazer o plano".
Crítica
Belluzzo comenta o trabalho de Lara Resende, Arida e Simonsen:
"Sem dúvida, os dois (economistas) mais imaginativos que conheço entre os mais jovens são o André e o Pérsio, ainda que nem sempre, ou quase nunca, eu concorde com eles."
"Tenho o maior respeito por ele (Simonsen), muitas vezes não concordo (com ele). Estudamos no mesmo colégio, somos inacianos. Ele foi um aluno muito aplicado, foi talvez o melhor da história do Santo Inácio. Eu talvez tenha sido melhor jogador de futebol, mas o melhor aluno não fui. Ele escreveu um artigo sobre o Plano Collor 2. Ele diz: 'Parece que os economistas não aprendem com a experiência, negam o princípio da indução'. Eu ia escrever um artigo na (revista) 'IstoÉ', e pensei: 'Deixa eu aproveitar esse negócio do Simonsen e dizer que o princípio da indução é um mau guia nas ciências em geral e nas ciências humanas em particular'. Aí alguém, que deve ser inimigo dele, publicou esse artigo em todos os jornais do Brasil. Virou uma discussão infernal (...)."

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