Folha de S.Paulo - Pode cair mais; Reino da Dinamarca; Aliado indigesto; Menor que o desejado; Cota do coração; Seara pefelista; Bode na sala; Meio-termo; Juntando forças; Coerência total; Matar ou morrer; Ficando preocupado; Batata assando; Quanto pior, melhor; Panos quentes; Agilizando processos; Noite de autógrafos

São Paulo, segunda-feira, 25 de novembro de 1996

Pode cair mais; Reino da Dinamarca; Aliado indigesto; Menor que o desejado; Cota do coração; Seara pefelista; Bode na sala; Meio-termo; Juntando forças; Coerência total; Matar ou morrer; Ficando preocupado; Batata assando; Quanto pior, melhor; Panos quentes; Agilizando processos; Noite de autógrafos

Pode cair mais
Embora afirme que não barganha, FHC tem o que oferecer aos ruralistas para aprovar a MP do ITR (Imposto Territorial Rural). A alíquota de 20% para latifúndios improdutivos é bode. O Planalto está pronto a oferecer 18%

Reino da Dinamarca
FHC viajou para Angola preocupado com suposto vazamento de informação sobre a MP do ITR. Malan (Fazenda) é outro que está intrigado com o recente aquecimento do mercado de Títulos da Dívida Agrária.

Aliado indigesto
Como quem não quer nada, ACM recentemente sondou FHC sobre sua candidatura ao Senado. Perguntou se ele era contra. A resposta foi não. Só não ouviu o que realmente esperava da sondagem: apoio explícito.

Menor que o desejado
Parece que está certo quem aposta em reforma ministerial pequena. Três pastas são favas contadas (Saúde, Justiça e Transportes). Previdência e Ciência e Tecnologia têm condicionantes. Sobrariam Meio Ambiente e Administração.

Cota do coração
Na reforma ministerial, a pasta da Ciência e Tecnologia pode servir para acomodar Bresser Pereira, amigo de FHC.

Seara pefelista
No que depender de FHC, Stephanes continua na Previdência. Na reforma ministerial, o presidente vai entregar o destino da pasta ao PFL, que decidirá se mantém ou se tira o ministro.

Bode na sala
Se Bresser for para a Ciência e Tecnologia, o governo ameaçará pôr as universidades sob a zona de influência do ministério. Assim, as obrigaria a negociar com Paulo Renato (Educação).

Meio-termo
O Planalto não troca a venda da Vale pela reeleição, mas topa conversar sobre o que chama de "processo". A destinação final do dinheiro a ser arrecadado, cerca de R$ 4 bi, por exemplo.

Juntando forças
Os peemedebistas Íris Resende e Jader Barbalho fecharam acordo: quem for escolhido pela bancada candidato a presidente do Senado apóia o outro. "A disputa será com ACM (PFL). É missão partidária", afirma Jader.

Coerência total
O PC do B está conversando com o PPB sobre a possibilidade de vir a apoiar a candidatura de Delfim a presidente da Câmara.

Matar ou morrer
Maluf cita a interlocutores frase que atribui a Ulysses Guimarães, dando conta de sua intenção nesta semana em Brasília e de sua tática para a convenção do PPB: "Time que se nega a entrar em campo perde a torcida".

Ficando preocupado
Um parlamentar baiano conta que ACM, candidato a presidente do Senado pelo PFL, comentou o seguinte sobre a "onda Maluf": "Ele está ficando muito perigoso de novo. E isso é ruim".

Batata assando
FHC quer travar uma batalha de cada vez com Maluf. Tentará isolar o prefeito pontualmente, até obter a reeleição. Depois, abrirá duas frentes. Em uma, ele próprio fará comparações sutis. Em outra, Serjão jogará pesado.

Quanto pior, melhor
Os governistas do PPB podem esperar sentados se querem conciliação com Maluf sobre a convenção de dia 4. O prefeito está convencido de que tem maioria. Para derrotá-lo, será preciso envolvimento claro do Planalto.

Panos quentes
O adiamento da convenção do PPB tem um aliado malufista: Arnaldo Faria de Sá (SP).

Agilizando processos
O Tribunal de Justiça da Paraíba instituiu o pagamento por produtividade aos oficiais de Justiça. Quanto mais intimações entregam, mais eles recebem.

Noite de autógrafos
O ministro Luiz Carlos Bresser Pereira (Administração) lança amanhã o livro "Crise Econômica e Reforma do Estado no Brasil". O evento será em Brasília, com jantar marcado para as 19h no restaurante Carpe Diem.

TIROTEIO
De Aldo Rebelo (PC do B-SP), sobre Fernando Lyra (PSB-PE), que articula rompimento entre seu partido e o petismo:
- Uma aliança PT-PPB na disputa da presidência da Câmara é a desculpa que Lyra estava esperando para romper com o PT e cair no colo do governo.

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