São Paulo, segunda-feira, 25 de novembro de 1996
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Conflitos fazem 31 mortos na Colômbia

Guerrilha e paramilitares atacam

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A ação da guerrilha e de grupos paramilitares na madrugada de ontem na Colômbia deixou um saldo de 31 mortos, segundo fontes oficiais do governo anunciaram ontem.
Foi o maior ataque ocorrido no município de Frontino, ao norte do país.
Oito pessoas (pertencentes a duas famílias) foram arrancadas de suas casas e assassinadas.
Outras sete pessoas, quatro de uma mesma família, foram mortas em episódio similar em uma região próxima à cidade de Valledupar, também no norte.
No mesmo território foram assassinadas outras nove pessoas. Quatro que viajavam em um carro, perto do município de Aguachica, três nas proximidades de Cionaga e outros dois na zona rural do município de La Gloria.
Em Cocorn, município de Antioquia, guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional assassinaram o comandante da polícia local e um agente que faziam uma ronda de rotina.
A violência paramilitar se intensificou nas últimas semanas. O objetivo das ações é desmantelar as redes de apoio às guerrilhas.
Existem suspeitas de que as vítimas desse final de semana sejam informantes e auxiliares dos grupos que agem na região.
Os paramilitares realizaram também, nos últimos quatro meses, vários sequestros, pretendendo trocar 15 familiares de chefes da guerrilha por pessoas que estão em poder desses grupos.
Segundo um órgão do governo que luta contra os sequestros no país, existem hoje na Colômbia 400 pessoas sequestradas.
Mauss
O presidente da Colômbia, Ernesto Samper, reconheceu o agente múltiplo alemão Werner Mauss, detido no país por sequestro, informou um noticiário de TV.
Samper teria se reunido com Mauss -que é acusado de ser um "mediador de confiança" de um grupo guerrilheiro- quando era embaixador na Espanha.

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