São Paulo, terça-feira, 26 de novembro de 1996
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Planeta tem 1 bilhão sem emprego

DA REPORTAGEM LOCAL; DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Um bilhão de pessoas no mundo não têm emprego ou estão subempregadas, segundo relatório da OIT (Organização Internacional do Trabalho) divulgado ontem.
O número representa cerca de 30% da força de trabalho, segundo o estudo "O Emprego no Mundo" da organização. A população mundial total é estimada em 6 bilhões de pessoas.
Os especialistas da OIT qualificaram como "sombria" a situação do mercado mundial de trabalho.
Além do grande número de desempregados, a OIT diz ainda que há cada vez mais "uma tendência à desigualdade nos salários".
O relatório da OIT critica duramente a resignação frente ao desemprego, assim como a teoria segundo a qual a única solução para criar postos de trabalho seria a desregulamentação do mercado.
A OIT critica ainda os que afirmam que a globalização tenha como característica intrínseca a redução do emprego.
Os países que fazem parte da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) possuem hoje cerca de 34 milhões de desempregados.
No Brasil, segundo dados de setembro do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o desemprego atinge 5,2% da População Economicamente Ativa.
Em 95, diz o relatório da OIT, a taxa de desemprego nos países da Comunidade Européia alcançou uma média de 11,3%, registrando "notável crescimento" em países fortemente industrializados como Alemanha, França, Suécia e Itália.
A tendência de mais desemprego, no entanto, não foi uniforme. No Reino Unido a taxa caiu consideravelmente, tal como nos EUA.
"Sem dúvida, tanto nos EUA quanto no Reino Unido, se fez mais marcante a desigualdade nos salários", diz a OIT. Entre 12% e 15% dos trabalhadores estão abaixo da linha de pobreza.
Já nos países que formavam o bloco comunista o nível de desemprego caiu, mas a média ainda supera 10%. Em alguns casos, como na Rússia, persiste a tendência de aumento do desemprego.
Na América Latina e região do Caribe, o desemprego aumentou de forma generalizada, e especialmente na Colômbia, onde passou de 8% para mais de 10%.

Colaborou a Reportagem Local

LEIA MAIS sobre emprego na pág. 2-9

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