São Paulo, terça-feira, 26 de novembro de 1996 |
Próximo Texto |
Índice
Brasileiro-96 tem evolução técnica
VALMIR STORTI
Todos os dados contrastam com o aparente desinteresse geral pela competição e com o fraco desempenho das equipes de São Paulo e do Rio de Janeiro. Mesmo com gramados impróprios para receber uma partida de futebol, segundo avaliação do Datafolha, as equipes conseguiram uma média de aproveitamento dos passes de 78,8%. Em 95, esse aproveitamento foi de 76,2%, e em 94, de 78,3%. O aumento da eficiência surgiu apesar de ter crescido a quantidade de passes trocados. Se no ano passado eram dados, em média, 354 passes, esse número subiu nesta temporada para 390, um aumento de 10%. A adoção de sete bolas para os jogos deste campeonato, aliada ao acréscimo de tempo no final dos jogos pelos árbitros, fez o tempo de bola em jogo passar de 50 minutos e 25 segundos, no ano passado, para 55 minutos e 26 segundos, aumento também de 10%. A idéia foi copiada do Paulista-96 e obteve resultados melhores. No Paulista, os jogos tiveram média de 53 minutos e seis segundos de tempo útil, 4,3% menos. Mais chutes O aumento do número de passes não é sintoma de que os jogos ficaram mais lentos ou menos emocionantes. Em 96, as equipes tentaram mais o gol. Em média, no Brasileiro-95, os times chutavam 13 vezes ao gol e, agora, passaram a chutar 16 vezes, ou 23% a mais. Mudou também a forma de as equipes chegarem até o gol, já que em 95 eram feitos 22 lançamentos, e neste ano foram apenas 16. Apesar de a pontaria ter melhorado para os passes, o mesmo não aconteceu em relação aos chutes. A média de aproveitamento declinou de 38,4% para 37,5%, mas não pode ser exatamente classificado como uma desvantagem em relação à temporada passada. Junto com o aumento do número de chutes no gol -passaram de 10 para 12 por jogo- a média de gols disparou, alcançando a melhor marca dos últimos 14 anos. A primeira fase terminou com média de 2,72 gols por jogo, menos apenas do que os 2,74 conseguidos em 1982. A marca é tão boa que, mesmo que não seja marcado mais nenhum gol nos últimos 14 jogos que ainda restam para ser disputados, a média cairia para 2,59 gol por partida, a quarta melhor da história dos Campeonatos Brasileiros. No entanto, se forem marcados mais 46 gols, o campeonato terá um novo recorde histórico. Próximo Texto: Rodrigo faz elogio a juiz Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |