São Paulo, terça-feira, 26 de novembro de 1996
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Francescoli vira 'bússola'

RICARDO SETYON
ESPECIAL PARA A FOLHA, DE TÓQUIO

Muitos apostavam que ao se negar a voltar à seleção uruguaia Enzo Francescoli cairia no esquecimento.
Principal responsável pelo título da Copa América de 95 pelo Uruguai, Francescoli não só não caiu no esquecimento como também tornou-se o herói da conquista da Copa Libertadores pelo River Plate.
Aos 35 anos e amante declarado do Brasil, ele conversou com a Folha na capital japonesa.
(RS)
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Folha - Na Argentina, te chamam de "El Principe". Qual a origem do apelido?
Francescoli - Dizem que eu tenho toque de bola sublime, de classe. Um futebol de nobre.
A verdade é que tenho a honra de ser um dos estrangeiros mais respeitados na história do futebol argentino. Ser capitão de uma equipe como o River, em uma final de título mundial, é mais que um sonho.
Folha - Pela imprensa mundial e pelos torcedores, você é considerado o verdadeiro técnico do River.
Francescoli - O Ramon Diaz, que é o nosso técnico, tem a mesma idade que eu, a mesma experiência internacional e as mesmas idéias. Ele está começando a carreira de técnico.
Dizem muitas coisas e tentam criticá-lo. Mas ele faz um bom trabalho.
Em campo, é diferente. Eu sou a bússola do time. Dou as ordens e oriento. Sempre de acordo com Ramon.
Folha - Como o River pretende ganhar da Juventus?
Francescoli - Com as mesmas qualidades de sempre: uma combinação quase perfeita de técnica-velocidade-precisão. De resto, será a classe sul-americana.

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