São Paulo, quarta-feira, 27 de novembro de 1996
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Vereador restringe a atuação

DA REPORTAGEM LOCAL

O cientista político Fernando Abrucio afirma que a principal consequência do vereador "dono de regional" é o enfraquecimento da Câmara.
Segundo ele, o parlamentar fica atrelado ao prefeito. "Se votar contra algum projeto do Executivo, ele perde a regional."
Abrucio, que é pesquisador do Centro de Estudos de Cultura Contemporânea (Cedec), diz que a atuação do vereador fica restrita a questões particulares. "Homenagens, medalhas e nome de rua."
Nem todos os vereadores que possuem regionais foram reeleitos. Seis dos 24 candidatos não tiveram sucesso, apesar de aumentarem suas votações nas áreas de influência da regional.
Rubens Calvo (PSB), por exemplo, ficou apenas com a primeira suplência da coligação "Sim por São Paulo", que apoiou a candidata Luiza Erundina.
O pai dele, deputado estadual Alberto Calvo, dividiu o controle da regional da Casa Verde com o deputado Ushitaro Kamia (PPB), durante a maior parte da gestão.
No período eleitoral, porém, segundo o próprio Rubens Calvo, a regional "trabalhou por candidatos do PPB", já que seu partido não apoiou Celso Pitta.
Mesmo assim, Calvo obteve 9.569 votos na Casa Verde. Mais do que o obtido por seu pai em 1992: 6.944 votos. Mário Noda (PTB), Dárcio Arruda (PPB), Oswaldo Sanches (PPB), Almir Guimarães (PDT) e Edson Simões (PPB) também não se reelegeram.

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