São Paulo, quinta-feira, 28 de novembro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Acordo recebe críticas de Quércia e Fleury

DA REPORTAGEM LOCAL; DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os dois ex-governadores do PMDB usualmente apontados como responsáveis pela situação falimentar do Banespa, Orestes Quércia (1987-1990) e Luiz Antonio Fleury Filho (1991-1994), criticaram o acordo assinado ontem.
"O acerto coroa uma violência enorme contra um patrimônio público", afirmou Quércia.
Um ponto polêmico do caso, para Quércia, é o balanço do banco de 1994, que deveria ter sido publicado no vermelho mas teve sua circulação impedida por liminar obtida pelo peemedebista.
O balanço também é apontado por Fleury, sucessor de Quércia, como o dado que irá "desmascarar" o que classifica de "trama de burocratas do Banco Central"para forçar a privatização do Banespa.
"Isso é capitulação. No fim das contas, o governo federal pode acabar lucrando até US$ 2,3 bilhões se o banco for privatizado", disse Fleury, citando contas próprias sobre o patrimônio líquido do banco.
Ciro Gomes
O ex-ministro da Fazenda Ciro Gomes (PSDB) disse ontem que o acordo entre os governos federal e paulista sobre o Banespa é "lesivo aos interesses do país".
"Não há dúvida de que o Estado precisava ser socorrido, mas o que estamos presenciando é mais um favor do que um acordo", disse Ciro, que ontem depôs na comissão especial da reeleição, na Câmara.

Texto Anterior: Emendas vão tentar evitar privatização
Próximo Texto: Diretores se acusam durante acareação
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.