São Paulo, quinta-feira, 28 de novembro de 1996
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PIB cresce 2,73% no terceiro trimestre

MÁRIO MOREIRA
DA SUCURSAL DO RIO

O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro cresceu 2,73% no terceiro trimestre de 96 em relação ao segundo, confirmando os sinais de recuperação da economia do país.
O PIB é a soma dos bens e serviços produzidos no país em um ano. O resultado foi divulgado ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e leva em conta o ajuste sazonal. No segundo trimestre houve aumento de 1,89% em relação ao primeiro.
O crescimento é maior na comparação entre o terceiro trimestre deste ano e o de 95: 6,52%. O PIB acumulado nos primeiros nove meses do ano é 2,1% superior ao do mesmo período de 95.
Ao final do primeiro semestre o acumulado era 0,07% inferior ao dos primeiros seis meses de 95. No primeiro trimestre o resultado fora pior: queda de 2,27% em relação ao mesmo período de 95.
Previsão
Para a coordenadora da equipe técnica responsável pela pesquisa, Heloisa Valverde Filgueiras, o resultado do terceiro trimestre permite prever que o crescimento do PIB deve atingir 3% neste ano e, "eventualmente", alcançar 3,5%.
A previsão do ministro da Fazenda, Pedro Malan, é que o PIB crescerá 3% neste ano. Em 95, o PIB teve crescimento de 4,2% sobre 94.
Novo recorde
A recuperação econômica no terceiro trimestre levou também a novo recorde da série com ajuste sazonal computada desde 1980.
Tomando por base a média do PIB quadrimestral daquele ano, e considerando essa média como 100, o PIB chegou a 140,32 no terceiro trimestre de 96.
O recorde anterior pertencia ao primeiro trimestre de 95, quando o índice alcançou 137,73 pontos.
Motivos
Segundo Filgueiras, os principais fatores para a retomada da atividade econômica no terceiro trimestre foram a queda gradual das taxas de juros e das restrições ao crédito, o aumento da massa salarial e o crescimento dos gastos dos municípios com as eleições.
Em relação ao trimestre anterior, o crescimento de 2,73% foi puxado pelas atividades de transportes (9,25%) e lavouras (9,14%). Dois setores tiveram queda: instituições financeiras (2,61%) e extração mineral (1,83%).
Em relação ao mesmo trimestre de 95, houve expansão na agropecuária (6,96%), na indústria (8,37%) e nos serviços (4,80%).

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