São Paulo, quinta-feira, 28 de novembro de 1996 |
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Museu Guggenheim faz maior retrospectiva de Ellsworth Kelly Mostra reúne pinturas, fotografias e esculturas do americano CLÁUDIA TREVISAN
A produção de Kelly dos últimos 50 anos é tema da mais completa retrospectiva de sua obra realizada até hoje. Promovida pelo Museu Guggenheim, de Nova York, a exposição reúne 250 objetos, entre pinturas, esculturas, desenhos, colagens e fotografias. Kelly realizou neste ano cinco quadros especialmente para a mostra. São grandes telas monocromáticas com formas curvas. Seus primeiros trabalhos presentes na exposição datam do final da década de 40, quando Kelly morava em Paris. O pintor se mudou para França em 1948, depois de servir como soldado na Segunda Guerra Mundial. A opção pela pintura abstrata é clara desde o início de sua obra. Nos anos seguintes, Kelly abandonou qualquer código que sugerisse relação com a arte figurativa. A simplicidade e a economia de recursos passaram a imperar. E isso se reflete nos nomes dos quadros, que quase invariavelmente fazem menção a cores e formas. Na década de 70, Kelly rompe com o conceito de tela retangular ou quadrada e começa a desenvolver quadros de diferentes formas, a maioria curvos. Mais recentemente, o pintor passou a fazer telas assimétricas e reuni-las em uma única composição. A exposição contém 40 desenhos e colagens de 1951, que traduzem a concepção artística de Kelly. As fotografias em preto-e-branco reunidas no Guggenheim surpreendem pela capacidade de Kelly em reproduzir a arte abstrata em um meio diferente da pintura. A exposição é completada pelas esculturas e por uma seleção de colagens em postais, nas quais Kelly conjuga a arte figurativa e abstrata. A retrospectiva estará no Guggenheim até o dia 15 de janeiro. Texto Anterior: Manchete será multada por nudez de 'Xica' Próximo Texto: Marky Ramone defende Pistols e promete "punk energético" Índice |
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