São Paulo, sábado, 30 de novembro de 1996
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Para governistas, fala de Maluf na Câmara não mudou cenário

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os principais articuladores da reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso consideram que a presença em Brasília do prefeito de São Paulo, Paulo Maluf (PPB), não alterou o quadro pró-reeleição no Congresso.
Eles se reuniram ontem para avaliar possíveis estragos que Maluf poderia ter causado na base de sustentação do governo com o depoimento prestado à comissão especial que analisa a emenda da reeleição, na última terça-feira.
Participaram do encontro, na casa do presidente da Câmara, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), os ministros Sérgio Motta (Comunicações) e Luiz Carlos Santos (Assuntos Políticos), os líderes dos principais partidos da base de apoio ao governo -PFL, PSDB e PMDB- e o líder do governo na Câmara, Benito Gama (PFL).
Na avaliação dos governistas, Maluf não tem força em seu próprio partido e não conseguiu fechar questão dentro do PPB contra a reeleição.
Para os governistas, ao contrário, a reunião da Executiva do PPB, realizada na quarta-feira passada, deixou o caminho aberto para o governo conseguir votos no partido, sem que deputados corram risco de ser punidos.
Os governistas também classificaram o depoimento de Maluf na comissão especial de "pirotecnia", mas sem efeitos práticos sobre os parlamentares.
Na última avaliação do governo, 280 deputados (do total de 513) estariam favoráveis ao projeto de reeleição. São necessários 308 votos para aprovar a emenda.

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