São Paulo, sábado, 30 de novembro de 1996
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Unicamp cobra nova lei sobre o aborto

MARCELO BARTOLOMEI
DA FOLHA CAMPINAS

Profissionais da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), que participam de discussão sobre aborto em Campinas (99 km de SP), decidiram ontem fazer documento para cobrar do governo a regulamentação do aborto legal nos hospitais em casos de gravidez indesejada.
O encontro em Campinas pretende colocar a discussão sobre o aborto em pauta também no Congresso Nacional. Pela legislação atual, o aborto só é permitido quando resulta de estupro ou quando a mãe corre risco de vida.
O professor titular de obstetrícia da Faculdade de Medicina da Unicamp, Aníbal Faundes, disse que os hospitais deveriam ter regulamentos estabelecidos para atender aos pedidos de aborto.
"Se o hospital tiver capacidade técnica de realizar o aborto, deve exigir o cumprimento de alguns critérios, como a confirmação de estupro ou a idade do feto, por exemplo", afirmou.
Segundo ele, os hospitais precisam estar equipados tecnologicamente para realizar o aborto. "A mulher que aborta corre mais risco depois de 12 semanas. Ela precisa estar internada em condições para não ser mais prejudicada."

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