São Paulo, sábado, 30 de novembro de 1996
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Leilão do BC confirma minibanda cambial

JOSÉ CARLOS VIDEIRA
DA REDAÇÃO

O Banco Central (BC) fez leilão de compra e venda simultânea de moeda ("spread") ontem apenas para ratificar a faixa de flutuação do dólar comercial (minibanda), fixada no dia anterior.
Fora isso, o mercado operou sem grandes oscilações.
A cotação média de venda do dólar comercial (usado nas exportações/importações), calculada pelo BC, fechou o mês em R$ 1,0332, o que resulta em correção de 0,54% no câmbio em novembro -bem abaixo do que o mercado especulava no início do mês.
No mercado de juros, o Tesouro vendeu LTNs (Letras do Tesouro Nacional) de 180 dias, a 2,532% de taxa-over e LTNs de 12 meses, à taxa de 2,399%.
Além disso, foram vendidas NTNs (Notas do Tesouro Nacional) à taxa de 12,66% ao ano, mais variação da TR (Taxa Referencial) e NTNs de dois anos, a 12,69%, mais correção cambial. A demanda pelos títulos foi muito boa.
Bovespa
O mercado de ações abriu firme, balançou no meio do pregão e voltou a subir no final dos negócios de ontem na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo).
Segundo operadores, o mercado sempre fica meio complicado no final do mês, quando muitos investidores institucionais (fundos de pensões e de investimentos) ajustam as suas posições, procurando puxar alguns papéis para melhorar a rentabilidade de suas carteiras.
O volume financeiro da Bovespa foi considerado muito bom, tendo em vista o "meio feriado" em Nova York ontem.
O mercado nova-iorquino funcionou parcialmente. O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, subiu 0,37%. Os juros dos títulos de 30 anos nos EUA fecharam em 6,36% ontem.
O giro financeiro da Bolsa paulista foi de R$ 431,98 milhões. O índice da Bovespa subiu 0,31%, fechando em 66.660 pontos. O índice fechou o mês com alta de 2%.
Telebrás PN subiu 0,25% ontem, fechando a R$ 78,20 o lote de mil ações, com valorização de 2,5% acumulada em novembro.
Banespa PN, depois de três dias suspensa do pregão, voltou a ter muita procura ontem. O papel subiu 24,7%, fechando a R$ 5,99 o lote de mil, repercutindo o acordo para "federalização" do banco.

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